O volume de açúcar com preço fixado para venda futura já supera 80% do total de exportação previsto pela Archer Consulting para a safra 2016/2017, iniciada em abril. Em relatório, a consultoria afirmou que, até 29 de abril, as usinas haviam travado a cotação para 82,8% das vendas, estimadas em 25,12 milhões de toneladas. Há um ano, esse porcentual não chegava a 50%.
O maior apetite neste ano pela fixação de preços se deve à alta registrada pelo açúcar na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) e também à apreciação do dólar ante o real. Com essa combinação, os produtores brasileiros passaram a receber mais em reais por tonelada do alimento comercializado no mercado internacional.
Conforme a Archer, o preço médio de fixação até agora na temporada 2016/2017 foi de 14,11 centavos de dólar por libra-peso, equivalente a R$ 1.219 por tonelada FOB com prêmio de polarização. O dólar médio obtido pelas usinas foi de R$ 3,7613.
A consultoria estima processamento de 618,5 milhões de toneladas de cana no Centro-Sul em 2016/17, ligeiramente acima das 617 milhões de toneladas registradas em 2015/16. A consultoria projeta produção de 34,3 milhões de toneladas de açúcar e 27,5 bilhões de litros de etanol no ciclo.