No primeiro trimestre de 2016 foram abatidas 10,06 milhões de cabeças de suínos no país, alta de 9,6% na comparação com o mesmo período de 2015, informou nesta quinta, dia 16, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha. Por outro lado, na comparação com o quarto trimestre de 2015, o abate de suínos foi 1,5% menor.
De acordo com o IBGE, o abate de 883,55 mil cabeças de suínos a mais no primeiro trimestre de 2016, em relação a igual período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 17 dos 25 Estados com unidades de abate enquadradas na metodologia da pesquisa.
Os maiores aumentos ocorreram nos três estados do Sul: Paraná (237,08 mil cabeças), Rio Grande do Sul (223,35 mil cabeças) e Santa Catarina (158,90 mil cabeças), que detiveram, juntos, 66,3% do abate nacional de suínos no primeiro trimestre de 2016, informou o IBGE. A região Sul segue liderando o abate de suínos, com Santa Catarina à frente, seguido por Rio Grande do Sul e Paraná.
Aves
O abate de frangos cresceu em 7,1% no primeiro trimestre, na comparação com igual período de 2015. A pesquisa mostra que foram abatidas 1,48 bilhão de cabeças de frangos nos três primeiros meses do ano. Em relação ao que foi abatido no quarto trimestre de 2015, houve queda de 1,8%.
Segundo o IBGE, o abate de 98,22 milhões de cabeças de frangos a mais no primeiro trimestre de 2016, em relação a igual período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 14 dos 25 estados com unidades de abate enquadradas na metodologia da pesquisa.
Os destaques de alta foram Paraná (40,19 milhões de cabeças), Rio Grande do Sul (22,06 milhões de cabeças), Goiás (13,22 milhões de cabeças) e Minas Gerais (9,87 milhões de cabeças). Segundo o IBGE, o Paraná continua liderando amplamente o abate de frangos no País, seguido por Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Bovinos
Foram abatidas 7,29 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária, queda de 5,8% em relação à quantidade abatida no primeiro trimestre de 2015. Em relação ao quarto trimestre de 2015, a quantidade de cabeças abatidas foi 5,2% menor.
O abate de 446,88 mil cabeças de bovinos a menos no primeiro trimestre de 2016, em relação a igual período do ano anterior, foi impulsionado por reduções em 21 dos 27 estados. As maiores quedas foram em Goiás (-116,08 mil cabeças), Minas Gerais (-114,89 mil cabeças) e Mato Grosso do Sul (-63,96 mil cabeças). Ainda conforme o IBGE, Mato Grosso continua liderando amplamente o abate de bovinos, seguido por Mato Grosso do Sul e São Paulo, na lista dos maiores produtores do país.
Couro
A aquisição de couro cru de bovino pelos curtumes espalhados pelo país foi de 8,39 milhões de peças inteiras no primeiro trimestre do ano, 2,0% acima do registrado no primeiro trimestre de 2015. Em relação ao quarto trimestre de 2015, houve queda de 0,4%. A Pesquisa Trimestral do Couro, do IBGE, monitora os curtumes que efetuam curtimento de pelo menos 5.000 unidades inteiras de couro cru bovino por ano.
Em todo o país, foram adquiridas 168,50 mil peças inteiras de couro a mais, em relação ao primeiro trimestre de 2015. Houve aumento de aquisição em 11 dos 20 Estados onde há curtumes enquadrados no universo da pesquisa.
Os destaques de alta foram Rondônia (145,81 mil peças a mais), Tocantins (128,40 mil peças), Paraná (114,96 mil peças), Mato Grosso do Sul (80,69 mil peças). De acordo com o IBGE, Mato Grosso continua a líder na recepção de peles bovinas pelos curtumes, seguido por Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Leite
Dados do IBGE mostram que aquisição de leite cru feita pelos laticínios que atuam sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária no primeiro trimestre do ano caiu 4,5% em relação a igual período de 2015, para 5,86 bilhões de litros. Em relação ao quarto trimestre de 2015, a queda foi de 6,8%.
A redução de 274,71 milhões de litros de leite na aquisição em nível nacional, no comparativo com igual período do ano anterior, foi impulsionada por quedas em 19 dos 26 estados participantes da pesquisa.
Os destaques negativos foram as reduções ocorridas em Minas Gerais (-97,91 milhões de litros), Paraná (-74,10 milhões de litros), Goiás (-40,45 milhões de litros) e Rio Grande do Sul (-39,20 milhões de litros). De acordo com o IBGE, Minas continua liderando “amplamente” a aquisição de leite, seguida por Rio Grande do Sul e Paraná.
Ovos
No primeiro trimestre de 2016 a produção de ovos de galinha foi de 748,87 milhões de dúzias, alta de 6% na comparação com o primeiro trimestre de 2015. A quantidade produzida foi 0,1% maior do que a registrada no quarto trimestre de 2015.
Segundo o IBGE, a produção de 42,46 milhões de dúzias de ovos a mais, em nível nacional, no comparativo do primeiro trimestre de 2016 com igual período de 2015, foi impulsionada por aumentos em 19 dos 25 estados que tiveram granjas enquadradas no universo da pesquisa.
Os maiores aumentos ocorreram em São Paulo (14,72 milhões de dúzias), Paraná (8,25 milhões de dúzias) e Espírito Santo (5,28 milhões de dúzias). São Paulo continua liderando “amplamente” a produção de ovos, seguido por Paraná e Minas Gerais.