A soja e o milho dispararam na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) nesta sexta-feira, dia 17. A maior chance de La Niña foi absorvida pelos investidores, que saíram atrás de contratos, realizando as chamadas compras técnicas – garantir um patamar de preços em busca de cotações mais altas. O fenômeno climático pode provocar mais tempo seco nas principais regiões produtoras dos Estados Unidos em plena safra de grãos.
Se o La Niña for confirmado, o temor do mercado é de perda no potencial produtivo das lavouras norte-americanas. Com isso, a oferta mundial de soja e milho ficaria ainda mais apertada, lembrando a quebra na safra argentina e a produção menor que o esperado do Brasil. Mais um movimento do chamado “mercado climático” na Bolsa de Chicago.
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Julho/16: 11,59 (+25,00 centavos)
Agosto/16: 11,60 (+26,50 centavos)
Setembro/16: 11,51 (+28,00 centavos)
Novembro/16: 11,48 (+29,00 centavos)
Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Julho/16: 4,37 (+12,50 centavos)
Setembro/16: 4,42 (+12,25 centavos)
Dezembro/16: 4,48 (+13,00 centavos)
Março/17: 4,52 (+11,75 centavos)
A soja no mercado brasileiro teve um dia de poucos negócios nets asexta-feira, dia 17. Apesar dos bons ganhos de Chicago, a queda do dólar frente ao real travou as negociações. Segundo a consultoria Safras & Mercado, os preços não subiram o suficiente para trazer os produtores de volta ao mercado. Os vendedores não têm pressa para retornar, nem consideram o atual nível de preços atrativo. O mercado ainda aguarda o retorno de patamares próximos de R$ 100 pela saca.
Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 90,50
Cascavel (PR): 93,00
Rondonópolis (MT): 90,50
Dourados (MS): 85,00
Porto de Paranaguá (PR): 97,50
Porto de Rio Grande (RS): 95,00
O milho no mercado físico teve um dia de preços de estáveis. Os negócios fluem de maneira mais significativa em várias regiões do país, o que tem resultado em cotações mais baixas, aponta a Safras & Mercado. A queda ocorreu de maneira bastante expressiva no mercado paulista. A consequência desse acréscimo de oferta passa diretamente pela redução da intenção de compra.
Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Rio Grande do Sul: 60,00
Paraná: 44,00
Campinas (SP): 49,00
Mato Grosso: 29,00
Porto de Santos (SP): 40,00
Porto de Paranaguá (PR): 39,00
Café
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou as operações da sexta-feira com preços mais altos. O mercado está apreensivo, aguardando saber se as recentes chuvas prejudicaram ou não a qualidade do café que está sendo colhido no Brasil.
Café em Nova York (centavos por libra-peso)
Julho/16: 140,75 (+1,25 pontos)
Dezembro/16: 145,35 (+1,30 pontos)
Dólar e Bovespa
O dólar comercial encerrou as negociações em queda de 1,44%, cotado a R$ 3,421. O mercado cambial busca um caminho até o Reino Unido decidir se deixa ou não a União Europeia. A bolsa brasileira fechou o pregão desta sexta em alta de 0,25%, aos 49.533 pontos.
Chance de La Niña gera alta para soja e milho
Em mais um movimento do mercado climático, grãos disparam no mercado internacional com a possibilidade de tempo seco na região produtora dos EUA