No sul de Minas Gerais, 40% da safra de café arábica será colhida no chão nesta safra, devido aos problemas causados pelo clima, segundo a Fundação Pró Café. Isso tem atrapalhado os planos de exportação dos produtores e diminuído o preço do produto no mercado interno. A má formação do fruto, tem causado manchas nos grãos, devido ao aceleramento da maturação.
Desde abril, os termômetros marcam temperaturas acima da média histórica, provocando veranico de quase 40 dias, atingindo as principais regiões produtoras de café do país.
“Esses frutos apresentaram de 70 a 50 manchas. No início de junho, tivemos precipitação acumulada de 90 milímetros em algumas regiões em pleno momento da colheita o que dificulta o cafeicultor e paralisa o trabalho. Então esses frutos que apresentaram essas manchas, tiveram aceleramento da maturação. Os frutos cereja passaram para o estado de seco e alguns frutos verdes que apresentaram essas manchas, passaram pra seco. Isso vem trazer o problema na queda desses frutos”, explica o engenheiro agrônomo e pesquisador da Fundação Pró Café, Marcelo Jordão Filho.
Os pesquisadores buscam uma forma de evitar que esse fenômeno cause danos para as próximas safras.
“Onde falta água e é permitido, a gente consegue fazer irrigação. Agora, no momento de colheita, temos o excesso de chuva, aí só São Pedro para ajudar”, brinca e finaliza o engenheiro.