No estudo “Projeções do Agronegócio – Brasil 2015/2016 a 2025/2026”, divulgado na última semana, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é estimada uma safra brasileira de café em 2025/2026 de 65 milhões a 85 milhões de sacas. “Essa produção deve ser obtida a uma taxa de crescimento anual de 2,7%”, revela o estudo.
A produção de açúcar, englobando a do Centro-Sul e do Norte-Nordeste, crescerá a uma taxa média anual de 3,5% até a temporada 2025/2026. Caso o número se confirme, a fabricação do alimento pelo país passaria de 33,49 milhões de toneladas no ciclo 2015/2016 para 50,09 milhões de toneladas daqui a dez anos, um acréscimo de 49,6%. Já o consumo de açúcar deverá crescer a uma taxa média anual menor, de 2,1%, segundo a pasta, o que equivaleria a passar de 11,4 milhões de toneladas consumidas em 2015/2016 para 14,1 milhões de toneladas no final da projeção. Assim, o volume exportado em 2025/2026 também aumentaria 37,6%, para 36 milhões de toneladas.
A produção de laranja também deverá aumentar de 15,8 milhões de toneladas na safra 2015/2016 para 16,7 milhões de toneladas em 2025/2026. A pasta estima, contudo, que a área plantada de laranja recuará nos próximos anos, dos atuais 684 mil hectares para 587 mil hectares.
“Isso indica uma redução anual da taxa de crescimento da ordem de 1,5% ao ano e deve ocorrer principalmente pela redução da atividade em São Paulo”, aponta a pasta.
As exportações de suco de laranja devem aumentar levemente no período, de 2 milhões de toneladas em 2015/2016 para 2,4 milhões de toneladas em 2025/2016 (+19,6%). Conforme o estudo, “restrições comerciais na forma de barreiras ao comércio são o principal fator limitante da expansão do suco de laranja”.
O Ministério da Agricultura também traçou estimativas para outras frutas, além das cítricas. As projeções para 2025/2026 mostram que os maiores aumentos de produção no período devem ocorrer no segmento do melão, 37,5% em relação a 2015/2016; manga, 23,2%; maçã, 22,6%; mamão, 12,9%; banana, 7,1% e uva, 6,7%. O estudo calcula a relação entre quantidade exportada de frutas e produção nacional. “O resultado é que o país deve continuar com pouca inserção externa ao fim do período das projeções”, informa a pesquisa. A maior proporção entre exportações e produção local deve ocorrer no melão, de 37,0%, e na manga, de 19,7%. Nas demais frutas analisadas essa relação varia entre 1,0 a 5,0%.