Preço da soja cai R$ 3 em apenas um dia

Semana de descida nas cotações do grão na Bolsa de Chicago joga preços abaixo de R$ 80 no mercado físico

Fonte: Pixabay/divulgação

O mercado brasileiro de soja encerra a semana paralisado, com seguidas queda do grão no exterior. O tombo registrado no pregão de hoje na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) foi mais um motivador para preços que não atraem o produtor. Um exemplo é a praça de Rondonópolis (MT), com queda de R$ 3 a saca em apenas um dia, registra a consultoria Safras & Mercado. Nos portos, as cotações se aproximam de R$ 80 a saca. Não foram registrados negócios nesta sexta-feira, dia 22.
 
Em Chicago, o mercado chegou a operar com perdas em torno de 4%, que foram reduzidas nas últimas negociações, mas ficaram ainda superiores a 2% na maioria dos contratos. Na semana, a posição novembro/2016 recuou 6,5%. As cotações foram pressionadas pela previsão de término do calor intenso no Meio-Oeste dos Estados Unidos neste final de semana.
 
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Novembro/16: 9,88 (-26,00 centavos)
Janeiro/17: 9,89 (23,50 centavos)
 
Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 77,50
Cascavel (PR): 77,00
Rondonópolis (MT): 78,00
Dourados (MS): 77,00
Porto de Paranaguá (PR): 83,00
Porto de Rio Grande (RS): 82,50
 
Milho
 
O mercado brasileiro de milho teve uma sexta-feira de manutenção do quadro de oferta restrita. Os preços ficaram estáveis, com ritmo moderado de negócios e nem mesmo as perdas externas em Chicago trouxeram maior pressão sobre as cotações. 
Os produtores seguem controlando a oferta e garantindo a sustentação nos preços. Na Bolsa de Chicago, dia de leve alta, mas a Safras & Mercado alerta para um cenário ainda de pressão de baixa com as condições climáticas dos Estados Unidos.
 
Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Setembro/16: 3,35 (+0,75 centavos)
Maio/17: 3,57 (+1,00 centavos)
 
Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Rio Grande do Sul: 52,00-53,00
Paraná: 44,00-45,00
Campinas (SP): 48,00-49,00
Mato Grosso: 32,00-37,00
Porto de Santos (SP): 35,00
Porto de Paranaguá (PR): 34,00
 
Café
 
O mercado físico brasileiro de café registrou preços mais baixos nesta sexta. As cotações foram duramente pressionadas pela forte queda do arábica na Bolsa de Nova York. Com as perdas externas, o mercado nacional travou, e não houve negócios.  

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações em forte baixa. As cotações despencaram diante das notícias de fim da greve dos caminhoneiros na Colômbia e com menores temores de geadas no Brasil.
 
Com o fim da greve, reduzem-se as preocupações de efeitos sobre as exportações colombianas. No Brasil, são menores os receios com as previsões de frio. E as indicações são de que geadas recentes que atingiram algumas áreas não vão trazer prejuízos para safras futuras.
 
Café arábica em Nova York (centavos por libra-peso)
Julho/16: 141,90 (-4,95 pontos)
Dezembro/16: 147,80 (-4,90 pontos)
 
Café no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Arábica/bebida boa – Sul de MG: 505-520
Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: 515-530
Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: 415-420
Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 412-415
 
Dólar e Bovespa
 
O dólar encerrou o dia em baixa de 0,80%, cotada a R$ 3,258. O índice Bovespa fechou o pregão de hoje no maior valor desde maio de 2015 e acumula valorização de 31,5% desde o início do ano. O Ibovespa subiu 0,64%, aos 57.002 pontos.