De olho nas tendências de mercado, muitos produtores brasileiros estão se especializando para agregar valor à produção agrícola. A ideia é atender às expectativas dos consumidores nos pontos de venda e aumentar a lucratividade.
Aos 73 anos, o agricultor Hiroshi Namekata sabe a importância em de diversificar a produção. Além de produtos tradicionais como milho e hortaliças, ele cultiva, no interior de São Paulo, especiarias da culinária oriental. “Produzimos azedinha, cúrcuma e gengibre. Nós fazemos a venda desses produtos in natura e, alguns deles, em pó”, disse.
O empenho em manter a qualidade dos produtos, rendeu a Hiroshi um certificado de agricultor exemplar. “A gente dá um jeito de processar o produto ou fazer inovação da aparência da embalagem, tudo para poder agregar valor.”
Miniatura
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A apresentação de hortaliças e legumes em miniaturas, em porções menores e higienizadas facilita o consumo e agrega valor à produção. Uma prática que chama a atenção dos consumidores nos pontos de venda e aumenta a receita do produtor rural.
“A proporção de lucratividade pode variar dependendo da quantidade e do volume que ele tem. É possível em alguns casos alcançar, no mínimo, 50% de valor a mais que ele vende com valor agregado do que em produto in natura”, analisou o engenheiro agrônomo e consultor de agronegócios Marcos Biancocini.
Segundo ele, hoje os consumidores procuram “produtos de confiança” e “o produtor que dá essas garantias, atende aos desejos do consumidor”. Na visão de Biancocini, o melhor caminho para os produtores que querem diferenciar a produção é a especialização.
“A primeira busca que o produtor deve fazer é pela assistência técnica e orientação profissional para que ele possa entrar nesse tipo de produto. A segunda é buscar uma assistência técnica, cooperativa ou até mesmo o sindicato rural do seu município onde ele pode buscar essas informações”, completou.
