Reportagem da revista Veja informou que atos ilícitos do MST seriam financiados com dinheiro do governo e de ONGs estrangeiras, sem prestação de contas. Kátia Abreu já havia defendido esta proposta em pronunciamento no plenário do Senado, onde garantiu que há assinaturas suficientes para a criação da comissão.
Plano de Defesa Agropecuária
Durante sua passagem por Esteio (RS), onde ocorre a feira, a presidente da CNA também disse que a entidade está trabalhando num plano de Defesa Agropecuária a ser lançado dentro de cerca de seis meses em conjunto com o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento.
De acordo com Kátia Abreu, o plano está sob o comando do ministro Reinhold Stephanes e tem base em cinco pontos: análise de risco, unificação da legislação nacional nos Estados e no país, boas práticas por parte do produtor (certificação), custos no que se refere a enfermidades do rebanho e sistema efetivo do Sisbov.
? A análise de risco é a bula do remédio. Quando há uma doença, o que fazer? No Brasil, quando se tem aftosa, não há padronização de atitude. O plano mostrará o que é a doença, como proceder e o que fazer. O primeiro mundo não quer um país desnorteado ? enfatizou.
No que se refere à unificação da legislação, a senadora disse que a legislação atual não é ruim, mas que está muito sobreposta e confusa e há necessidade de um grupo para limpar essa lei e unificar. Esse trabalho envolverá secretários e dirigentes de defesa agropecuária nos estados, adiantou a senadora.
Com relação às boas práticas agropecuárias, ela disse que esta talvez seja a parte mais complicada, uma vez que a agroindústria se recusa a remunerar quem certifica.
? Eu certifico, mas vendo pelo mesmo preço de quem não certifica, como posso ter sucesso? questionou.
Quanto à custo com enfermidades, a senadora citou o caso da aftosa.
? Qual o custo por cabeça para combater a aftosa no Brasil? Quem souber disso eu dou prêmio. Ninguém sabe. Segundo a senadora, será contratado um grupo para saber os custos efetivos nesses casos, até porque é preciso ter preço para poder reclamar por políticas públicas.
No caso do sistema efetivo do Sisbov, da rastreabilidade, destacou que o trabalho está sendo feito em parceria com o Ministério da Agricultura e que a CNA vai assumir o banco de dados.
? A iniciativa privada é que deve fazer isso e o Ministério da Agricultura já entendeu e está nos passando toda essa sistemática de emissão de GTA, controle de registros da certificação do Sisbov no país e posteriormente dos demais registros ? antecipou.