Após acordo Brasil-EUA, Minerva tenta habilitar todas as plantas

Processo burocrático de certificação das fábricas está caminhando e deve ser concluído em prazo não superior a 60 dias, segundo o presidente da Minerva Foods

Fonte: Divulgação/GOV-RO

Após o acordo firmado na semana passada entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos, que abriu o mercado norte-americano para a carne bovina in natura nacional, a Minerva Foods já trabalha para habilitar todas as suas plantas a exportar ao país, segundo o presidente, Fernando Galletti de Queiroz. 

“Estamos tentando habilitar todas as plantas da empresa, que já tem três plantas no Brasil habilitadas para vender para os EUA. As expectativas de vendas para o país são muito boas; o Brasil já é hoje o maior exportador do mundo com acesso a menos de 50% dos mercados”, declarou.

No Brasil, a Minerva Foods tem 11 plantas. Além destas, a empresa conta com outras seis distribuídas por Paraguai, Uruguai e Colômbia. O processo burocrático de certificação das fábricas, segundo o executivo, está caminhando e deve ser concluído em prazo não superior a 60 dias.

Já a competitividade do Brasil para exportar fora da cota para os Estados Unidos dependerá do câmbio, explicou Queiroz. “Estamos avaliando agora se é viável ou não”, acrescentou. Pelo acordo, o Brasil poderá exportar carne bovina in natura para os EUA dentro de uma cota de 64,8 mil toneladas por ano, que será disputada com outros países. Vendas acima dessa cota pagarão taxa de 26%. Até então, os EUA só importavam carne industrializada e a produzida em Santa Catarina, estado que detém o status de livre de febre aftosa sem vacinação.

Além do acesso ao mercado norte-americano, o acordo deve abrir portas a outros mercados consumidores relevantes para o setor. Os considerados mais importantes, neste momento, são México, Canadá, Japão e Coreia, que seguem os padrões norte-americanos. “A abertura dos EUA à carne in natura brasileira é o reconhecimento ao sistema sanitário brasileiro e ao trabalho do Ministério da Agricultura e dará às empresas do setor condições de pleitear acesso aos 50% (do mercado) que ainda não temos”, disse Queiroz.