Forte demanda garante alta da soja em Chicago

No entanto, estabilidade do dólar não trouxe avanço para os preços praticados no Brasil

Fonte: Camila Domingues

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam o pregão em alta nesta segunda-feira, dia 8, por causa da forte demanda pela soja americana, o que garantiu a quarta sessão consecutiva de ganhos para o mercado. A procura pelo grão norte-americano vem dando sustentação às cotações e fez com que muitos fundos de investimento continuem a operar. O clima está em segundo plano por enquanto. Com o mercado já estimando safra recorde por lá, os operadores buscam novos focos de volatilidade.

Na próxima sexta-feira, dia 12, sai novo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Somente um aumento de produção menor que o esperado pelos investidores pode mexer com as cotações do grão.

O mercado brasileiro de soja inicia a semana em ritmo, bem semelhante ao registrado na última sexta, sem negócios realizados e com preços predominantemente estáveis, aponta a consultoria Safras & Mercado. Apesar da alta no exterior, a estabilidade do dólar não trouxe preços atrativos para o produtor que ainda tem a safra velha para vender.

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Novembro/16: 9,85 (+13,25 centavos)
Janeiro/17: 9,84 (+10,25 centavos)

Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 75,00
Cascavel (PR): 76,00
Rondonópolis (MT): 74,00
Dourados (MS): 73,00
Porto de Paranaguá (PR): 82,00
Porto de Rio Grande (RS): 79,00

Milho

O mercado brasileiro de milho teve uma segunda-feira marcada por poucos negócios. Após as notícias da semana passada sobre importações, que resultaram em queda nas cotações, o mercado está mais calmo, de acordo com Safras & Mercado. Entretanto, os compradores seguem com sua estratégia de pressionar os preços, com postura bem retraída.

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou as operações desta segunda com preços mais altos. A negociação do cereal repercutiu os sinais de fortalecimento na demanda para os Estados Unidos, mas foi pressionado por um movimento de realização de lucros.

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Setembro/16: 3,25 (+1,00 centavos)
Maio/17: 3,51 (+0,50 centavos)

Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Rio Grande do Sul: 53,00
Paraná: 41,00-43,00
Campinas (SP): 47,50
Mato Grosso: 35,00-40,00
Porto de Santos (SP): 36,00
Porto de Paranaguá (PR): 35,00

Café

O mercado físico brasileiro de café teve uma segunda-feira de cotações estáveis, apesar da queda do arábica na Bolsa de Mercadorias de Nova York. O dia foi de calmaria na comercialização, com negócios apenas regionalizados.

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações com as cotações em baixa. Em mais uma sessão volátil, em que Nova York operou em ambos os terrenos, fatores técnicos determinaram o fechamento negativo.

Café arábica em Nova York (centavos por libra-peso)
Julho/16: 141,10 (-1,40 pontos)
Dezembro/16: 147,95 (-1,35 pontos)

Café conilon (robusta) em Londres (US$ por tonelada)
Julho/16: 1825,00 (+2,00 dólares)
Dezembro/16: 1874,00 (+3,00 dólares)

Café no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Arábica/bebida boa – Sul de MG: 495-505
Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: 500-510
Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: 415-420
Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 420-423

Dólar e Bovespa

O dólar fechou praticamente estável nesta segunda-feira, cotado a R$ 3,169. O  mesma ocorreu com o índice Bovespa, que fechou com baixa de 0,04%, aos 57.635 pontos.