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1° foco de ferrugem asiática é registrado em São Paulo

O Estado registrou o primeiro caso da doença em lavouras de soja comerciais na safra 2016/2017

Daniel Popov, de São Paulo
Foi encontrado o primeiro foco de ferrugem-asiática em lavoura comercial nesta safra 2016/2017. O caso ocorreu no município de Taquarituba, interior de São Paulo, em uma área de soja cultivada em setembro. Esta já á a segunda safra consecutiva que o Estado abre os registros de aparecimento da doença em áreas comerciais.

O monitoramento foi realizado pelo pesquisador da Fundação ABC, Alan Cordeiro Vaz. Segundo informações do Consórcio Antiferrugem, em anos com a condição climática de neutralidade (como a atual) ou La Niña espera-se ocorrências de ferrugem-asiática tardias ou dentro da normalidade para esta região. Entretanto, a normalidade descrita acima remete a focos encontrados a partir de dezembro.

O pesquisador da Embrapa Soja, Rafael Moreira Soares, explica que as chuvas acima da média histórica observadas durante o mês de outubro contribuíram para a antecipação da ocorrência do primeiro foco de ferrugem-asiática. “A meteorologia mostrou que, a partir de agora, teremos chuvas abaixo da média, não favorecendo a doença”, conta Soares.

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Apesar do relato antecipado ao esperado, a situação é considerada tranquila, uma vez que no monitoramento realizado só foi encontrado sintomas iniciais nessa lavoura. No entanto, nessa região de São Paulo há várias lavouras que foram semeadas ao final do vazio sanitário e encontram-se em fase avançada de desenvolvimento, com isso o monitoramento deve ser intensificado nas lavouras da região. “Este aparecimento serve como alerta ao produtor. É importante monitorar.”

O fungo

A ferrugem asiática da soja é uma doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi (Sydow & P. Sydow), que precisa do hospedeiro vivo para obter seu alimento. A ferrugem asiática se constitui em um dos principais problemas fitossanitários da cultura.

Fungicidas

Segundo a Embrapa Soja, os fungicidas utilizados no controle da ferrugem pertencem a três grupos: DMI (inibidores de desmetilação); Qol (inibidores da Quinona Oxidase) e o SDHI (Succinato Desidrogenase). Quando a ferrugem asiática foi identificada no Brasil, a praga foi controlada com a aplicação de fungicidas do grupo DMI, tanto isoladamente quanto misturados. Produtos desse grupo tinham alta eficiência.

A partir da safra 2007/2008, os resultados de ensaios cooperativos, realizados pelo grupo de pesquisadores do Consórcio Antiferrugem mostraram uma redução de eficiência em alguns produtos DMI.

Os fungicidas Qol nunca foram recomendados para serem usados isolados, porque os estudos mostravam que eles não tinham a mesma eficiência do DMI. Em 2013/2014, foram registrados os primeiros fungicidas do grupo do SDHI para cultura da soja em mistura com QoI, que apresenta eficiência maior.

“Agora toda a cadeia produtiva precisa realizar um esforço para prolongar a vida útil desse terceiro grupo” alerta a pesquisadora da Embrapa Soja Claudia Godoy.

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