? Apoiamos o plano e vemos que o governo demonstra, ao aumentar em 37% os recursos para a agricultura comercial e familiar, que passou a perceber a vocação do agronegócio, especialmente em um período de dificuldade financeira ? afirma o diretor executivo Ricardo Santin.
Ele destaca como positivas a criação do Procap-Agro, que disponibilizará recursos de R$ 2 bilhões para o capital de giro das cooperativas agropecuárias, bem como a elevação do limite de financiamento do Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger Rural) de R$ 150 mil para R$ 250 mil, que permitirá aos produtores investir em modernização dos aviários.
? O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) está fazendo sua parte e o plano é positivo. Temos a expectativa de que, diferentemente dos recursos anunciados para conter a crise, esses valores efetivamente cheguem até os produtores. Esperamos que o Ministério da Fazenda, Banco Central e outros realmente disponibilizem recursos para serem investidos ? comenta.
Com relação a preços mínimos, Santin entende que a expectativa do setor exportador é de que eles fiquem equilibrados, permitindo o desenvolvimento de toda a cadeia.
Quanto ao mercado, o dirigente da Abef afirma que os embarques de junho tendem a crescer em relação a maio, talvez atingindo volumes próximos aos de abril, quando o Brasil exportou 329,9 mil toneladas de carne de frango. Santin esclarece que está havendo uma readequação dos países importadores em termos de renovação de contratos, o que reflete em maiores ou menores volumes exportados.
? É o caso do Japão, por exemplo, que antes trabalhava com contratos de seis meses e passou a atuar com negociações mensais, por conta da crise financeira mundial ? sinaliza.
? A tendência é de um ocorra um aumento na exportação, mas de forma cautelosa, haja vista que o preço, mesmo em crescimento, ainda está bem abaixo dos níveis históricos ? disse.