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Abic vai ampliar programa de selo de pureza para o café

Número de amostras analisadas pela entidade da indústria vai dobrar em 2014A Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) vai ampliar, no próximo ano, seu programa "Selo de Pureza", para combater fraudes na matéria-prima utilizada na fabricação do café torrado e moído. Segundo o diretor-executivo da entidade, Nathan Herszkowicz, o número de amostras analisadas pelos laboratórios credenciados pelo programa passará das atuais 2,8 mil para 6 mil em 2014.

Herszkowicz afirmou que o objetivo é levar o programa a todo território brasileiro e fiscalizar todas as marcas comercializadas no varejo. Atualmente o programa tem 457 empresas e pouco mais de 1,1 mil marcas certificadas. Segundo a Abic, nos últimos doze meses foram registrados 496 casos de impurezas (acima de 1%), dos quais 11% são associados à entidade e outros 89% a não sócios. Na semana passada, o programa Bom Dia Brasil, da Rede Globo, divulgou um levantamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apontando impurezas em 95% dos cafés pesquisados. A Embrapa afirmou que nenhum dos cafés possuía o selo da Abic.

Ao ampliar o autocontrole, a indústria de café quer evitar que o governo intervenha no mercado ditando regras para a classificação do café. Herszkowicz afirmou que o Ministério da Agricultura revogou a Instrução Normativa 16, que estabelecia “o Regulamento Técnico para o Café Torrado em Grão e Café Torrado e Moído”. Ele afirma que o setor é contra a regulação e observa que a proposta do governo poderia gerar conflitos nas relações comerciais, ao tratar também de aspectos sensoriais do café, como corpo e fragrância.

Minas Gerais sedia semana internacional do café

A cidade de Belo Horizonte está recebendo a Semana Internacional do Café. Durante o segundo dia do evento, a metodologia da pesquisa da Embrapa que encontrou impurezas em amostras de café foi criticada.

– Essa pesquisa foi de uma infelicidade absurda – diz José Ribeiro, empresário da indústria do café.

Uma instrução normativa, revogada no início do ano, que previa, entre outros critérios, a avaliação sensorial do café também foi objeto de críticas. Para a indústria, é um direito do consumidor escolher o que quer tomar e preservar a diversidade de origem dos cafés produzidos com sabores tão distintos.

– Tem gente que gosta de um tipo de bebida, e gente que gosta de outro tipo. Regular isso por norma governamental é tirar o direito de escolha do consumidor. O gosto e a qualidade do café são variados – afirma o presidente da Abic, Américo Sato.

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