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Abiove: Indústrias não chegam a acordo com Monsanto e cobram garantias na exportação da soja

Monitoramento do plantio da soja e cobrança dos royalties sobre a Intacta RR2 PRO carecem de entendimento comercial

Os riscos de eventuais embaraços futuros pela Monsanto à comercialização e industrialização da soja Intacta, especialmente diante da ausência de um entendimento comercial com a maioria das empresas compradoras (indústrias, tradings, cerealistas e cooperativas), poderão fazer com que os processadores e tradings não possam receber aquela soja, informou nesta quinta, dia 23, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

A entidade informou que foi reportada por suas associadas sobre a falta de um acordo comercial individual com a Monsanto para prestação de serviços demandados por essa empresa, relacionados ao monitoramento do recebimento de soja em grão e à cobrança de royalties devidos pelos sojicultores que utilizaram a tecnologia Intacta RR2 PRO.

“Como a Monsanto não tem desenvolvido um plano de negócios para fazer, ela mesma, o monitoramento do plantio da soja Intacta e cobrar os royalties sobre sementes salvas pelo produtor, dependendo das indústrias para fazê-lo, o setor renova sua preocupação, expressa em algumas oportunidades, com o plantio da soja Intacta sem que haja um acordo prévio que estabeleça claramente as condições da prestação destes serviços pelas empresas compradoras da soja. Ademais, poderão ocorrer repercussões prejudiciais ao produtor rural, à cadeia produtiva da soja e derivados e à balança comercial brasileira”, disse a Abiove. As exportações de soja e derivados são estimadas em US$ 23,7 bilhões em 2015.

Segundo a Abiove, diferente de outros países, como os Estados Unidos, a Monsanto ainda não se organizou no Brasil para ela mesma executar seus próprios controles e mecanismos de cobrança de royalties, e vem buscando impor às processadoras e tradings a sua realização, o que causa prejuízo aos associados.

O presidente da Abiove, Carlo Lovatelli, disse que levará ao conhecimento das autoridades competentes as preocupações e dificuldades reportadas pelas indústrias processadoras, com o objetivo de buscar uma solução ao impasse, de forma a evitar que as exportações brasileiras do complexo soja sejam alvo de qualquer obstrução no exterior.

CONTRAPONTO

A Monsanto divulgou comunicado oficial sobre a questão:

Até o momento, aproximadamente 500 empresas que negociam, industrializam e exportam soja e que juntas somam mais de 3 mil pontos de entrega do grão nas diversas regiões do país, já assinaram o acordo com a Monsanto para armazenar e comercializar grãos com a tecnologia Intacta RR2 PRO™. Dessa forma, os agricultores terão diversas opções de locais para entrega dos grãos.

Além disso, Intacta RR2 PRO™ está aprovada para o livre comércio no Brasil e nos mercados importadores de soja. Portanto, a expressiva maioria das empresas que comercializam grãos com a tecnologia Intacta RR2 PRO™ está apta a operar tanto no Brasil quanto no exterior.

Da mesma forma, a Monsanto continua em uma forte posição para apoiar os agricultores brasileiros na oportunidade de usar a tecnologia Intacta RR2 PRO na safra 2014/2015, e a empresa se mantém em linha com os resultados comerciais projetados para este segundo ano comercial da tecnologia.

A Monsanto, a indústria de processamento, comercialização, e demais elos da cadeia de produção de soja mantêm com sucesso o sistema de recebimento e monitoramento de soja em operação há mais de 10 anos no Brasil. Dessa forma, em função deste histórico de sucesso, a Monsanto acredita que a negociação comercial com cada uma das 12 empresas representadas pela Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) avançará na direção da melhor solução para todos os membros da cadeia de soja, o que seguirá viabilizando investimentos em biotecnologia a favor da agricultura brasileira.

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