– Por enquanto, está dentro da normalidade. Há uma preocupação com atraso, mas ainda aguardamos a regularização das chuvas – destacou.
A Abiove elevou a estimativa para as vendas externas de soja em grão neste ano de 45 milhões de toneladas para 45,5 milhões de toneladas. O atraso na colheita da safra norte-americana 2014/2015 ajudou a esticar a janela de exportações do Brasil, disse Trigueirinho.
– O Brasil ainda deve exportar soja em outubro. Já em novembro e dezembro os volumes devem ser residuais.
Com a alta dos preços do grão e do farelo de soja em decorrência do clima desfavorável nos Estados Unidos, que atrasou a oferta para exportação e também para esmagamento, a Abiove elevou a projeção de receita com vendas externas em 2014 de US$ 29,66 bilhões para US$ 30,40 bilhões. Para 2015, no entanto, a expectativa é de uma receita menor – US$ 23,13 bilhões ante os US$ 23,67 bilhões esperados anteriormente. A revisão reflete a perspectiva de que, embora a produção norte-americana demore mais a chegar ao mercado, será volumosa, e o Brasil também deverá colher safra recorde.
– As divisas devem voltar a atingir um patamar alto, mas mais tímido em relação aos níveis de 2013 e 2014 – salientou Trigueirinho.
A Abiove manteve as estimativas de produção de farelo e óleo em 2015, de 29,1 milhões de toneladas e 7,4 milhões de toneladas, respectivamente. Para 2014, a previsão para o farelo foi reduzida para 27,6 milhões de toneladas, ante 27,9 milhões de toneladas no mês passado. Quanto ao óleo, a associação manteve a projeção em 7,4 milhões de toneladas.