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FIBRA PELO MUNDO

Abrapa: leilões de algodão da reserva da China registram 100% de lotes vendidos

Calor extremo nos Estados Unidos continua impactando as lavouras na região oeste do Texas

Os dez leilões de algodão da reserva da China realizados registraram 100% dos lotes comercializados. Um total de 100 mil toneladas foram vendidas até agora para 193 fiações do país. Conforme a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a maior parte da fibra era oriunda dos Estados Unidos (46%), Brasil (37%), Xinjiang (9%) e Austrália (8%).

As informações são do Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa, divulgado nesta sexta-feira (11).

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Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

Confira os destaques trazidos pelo Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa:

Algodão em NY – O contrato Dez/23 fechou nesta quinta 10/8 cotado a 86,15 U$c/lp (+1,7% na semana). O contrato Jul/24 fechou 85,81 U$c/lp (+1,5% na semana) e o Dez/24 a 80,06 (+0,8% na semana).

Basis Ásia – o Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 890 pts para embarque Out/Nov (Middling 1-1/8″ (31-3-36), fonte Cotlook 27/jul/23).

Altistas 1 – O relatório semanal de exportação publicado ontem (USDA) trouxe números acima da expectativa do mercado, tanto em termo de vendas quanto exportação (embarques).

Altistas 2 – Os dez leilões da reserva da China feitos até agora tiveram 100% dos lotes vendidos.

Altistas 3 – O calor extremo continua impactando as lavouras no Oeste do Texas.

Baixistas 1 – A demanda do consumidor na China está fraca. Números divulgados esta semana mostram deflação de preços.

Baixistas 2 – A economia chinesa também sofre com a fraca demanda externa, resultando em baixa exportação.

EUA 1 – Segundo o relatório de monitoramento das lavouras de algodão do USDA, a proporção de lavouras boas/excelentes manteve-se em 41%. No entanto, as lavouras classificadas de ruim a muito ruim aumentaram para 34% (+3%)

EUA 2 – O clima quente e seco afetou a safra no Texas e proporção considerada ruim a muito ruim subiu de 40% para 55% nas últimas quatro semanas.

China 1 – De 31/7 a 11/8 os dez leilões de reserva da China venderam 100% dos lotes ofertados. Um total de 100 mil toneladas foram vendidas até agora para 193 fiações do país. As maiores origens incluem o algodão dos EUA com 46%, seguido pelo Brasil (37%), Xinjiang (9%) e Austrália (8%).

China 2 – O índice de preços ao consumidor da China caiu 0,3% em julho, enquanto os preços ao produtor se retraíram 4,4% no período, ambos além do esperado, reforçando os indícios de baixa demanda.

China 3 – É a primeira vez desde novembro de 2020 que os dois indicadores se contraem juntos e o mercado espera que o Banco Popular da China estimule a economia com corte juros.

China 4 – Também as exportações da China caíram 14,5% em julho em relação ao ano anterior. Em têxteis e confecções, a redução foi de 9% nos primeiros 7 meses do ano em comparação a 2022.

Índia 1 – A área plantada com algodão aumentou quase 250 mil ha na Índia, totalizando 11,9 milhões de ha (-1,4%).

Índia 2 – O atraso na chegada das monções no início da safra e depois a distribuição desigual das chuvas indicam que este pode ser mais um ano com menor produção.

Austrália 1 – As exportações de algodão australiano totalizaram 122.180 toneladas em junho, bem superiores aos 49.216 toneladas do mês anterior.

Austrália 2 – O principal destino foi o Vietnã (42%) mas o que chamou a atenção foram as exportações para a China (19,8 mil toneladas). Após dois anos e meio, o boicote chinês ao algodão australiano parece que ficou para trás.

Brasil – Exportações 1 – Exportações 1 – No fechamento do período comercial 22/23 (ago/22 a jul/23), as exportações somaram 1,449 milhão de toneladas, queda de 13,9% com relação a 21/22.

Brasil – Exportações 2 – A receita com as exportações geraram 2,83 bilhões de dólares em 22/23, queda de 12,1% em comparação com 21/22. Já o preço médio por tonelada exportada subiu 2,0% (USD 1.956/ton).

Brasil – Exportações 3 – A China continuou como o principal destino das exportações brasileiras (431 mil toneladas) e representou 30% das exportações acumuladas do período comercial 22/23.

Brasil – Exportações 4 – Bangladesh é o destaque no aumento de importações da pluma nacional. O país subiu de quarto para segundo no ranking de principais mercados.

Brasil – Safra 2022/23 – De acordo com o 11º levantamento da safra 2022/23, divulgado ontem (10/08) pela Conab, a área plantada de algodão é estimada em 1,658 milhão de hectares (+3,6%) e a produção de pluma em 3,03 milhões de tons (+18,7%). A estimativa de produção subiu 22,9 mil toneladas com relação ao mês passado.

Brasil – Colheita 2022/23 – Até o dia 11/08 foram colhidos: BA (60%), GO (67,8%), MA (77,5%); MG (50%), MS (66,7%); PR (100%), SP (98%), MT (47%), PI (86%) Total Brasil: 52% colhido.

Brasil – Beneficiamento 2022/23 – Até o dia 11/08 foram beneficiados: BA (34%), GO (32%), MA (8%) MG (23%), MS (17%); PR (78%), SP (95%), MT (13%), PI (22%) Total Brasil: 18% beneficiado.

Ainda de acordo com a Abrapa, o relatório mensal do USDA, divulgado nesta sexta-feira (11), reduziu a estimativa global de produção de algodão e elevou a expectativa de consumo na safra 2023/24.

  • A estimativa de produção global total caiu de 25,44 milhões de toneladas, para 24,85 milhões de toneladas (-0,59).
  • O consumo global subiu de 25,35 milhões de toneladas para 25,46 milhões de toneladas.
  • O principal corte na produção foi na safra americana 2023/24, revisada para 3,05 milhões de toneladas. Em julho de 2023, era projetada em 3,59 milhões de toneladas.
  • Na China, a estimativa de consumo (8,16 mmt) e importações (2,18 mmt) de algodão subiram.

Preços do Algodão – Consulte tabela abaixo:

Foto: Abrapa

 

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