O desafio da produção de etanol a partir da cana-de-açúcar é muito mais interessante, do ponto de vista de gestão e tecnologia empregada, do que o processo de extração de petróleo. A analogia é do chileno Leonardo Sepulveda, aluno do curso que participou da visita junto com outros 11 estudantes.
? A indústria sucroenergética brasileira é referência mundial em produção de biocombustíveis. O manuseio do petróleo não traz nenhuma novidade, mas a tecnologia do etanol e o dia a dia de uma usina, sim. Ter contato com essa técnica na prática, e poder levar este testemunho para os nossos países, é algo estimulante ? afirmou Sepulveda.
O curso de MBA de Energy Management da Universidade de Viena é um dos mais conceituados da Europa. Profissionais de diversas regiões do mundo vêem a especialização como uma boa oportunidade de atrelar o conhecimento teórico à prática. A turma 2010/2011, que esteve no Brasil, é composta por mais de 20 alunos de países como Arábia Saudita, Alemanha, Colômbia, Nigéria e Bulgária.
Segundo Leonardo Sepulveda, a experiência brasileira poderia influenciar o Chile. O exemplo dado pelo Brasil pode incentivar o aumento da mistura de etanol na gasolina em seu país.
? Não temos produção de etanol, o que usamos é importado. O governo há algum tempo estuda aumentar o percentual do biocombustível na gasolina e sair dos atuais 5%, mas não existe previsão de quando isso acontecerá ? afirmou.