– A gente não notava a lagarta antes, agora notamos porque está maior. Existe um manejo adequado, mas nem sempre é seguido – explica o especialista.
Farias classifica a quantidade de produtos químicos aplicada nas lavouras, hoje em dia, como monstruosa, e conta que conheceu produtores que compraram defensivos suficientes para até 30 aplicações.
– Isso não funciona. É importante manejar bem e controlar bem. Se continuar assim, vamos ter mais problemas, pragas secundárias serão priores, ácaros podem ser grandes problemas para o produtor de soja – alerta.
As alternativas para contenção de pragas existem, garante o chefe-geral da Embrapa Soja. Ele salienta a urgência para que agricultores invistam em defensivos menos agressivos a outras áreas da lavoura.
– Eu acredito que os grandes vilões dos próximos anos serão os percevejos.
Helicoverpa
O consultor do Projeto Soja Brasil, Áureo Lantmann, também esteve presente no fórum em Não-Me-Toque, e lembrou que a consciência técnica é o que ajudou boa parte dos produtores a conter a lagarta helicoverpa, que tanto assombrou as lavouras de soja na safra 2013/2014.
– Os produtores foram atrás de ajuda para poder eliminá-la. Nós aprendemos muito com isso tudo. A helicoverpa vai ser dominada em pouco tempo – afirma
Em reforço ao depoimento de Lantmann, José Farias, da Embrapa, afirma que o uso de refúgios nas plantações de soja serão extremamente importantes para lidar com as lagartas invasoras, assim como aconteceu no cultivo de milho.