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Agricultura

Em Japurá, acerola muda vida de produtores no noroeste do Paraná

A cidade ganhou o status informal de capital paranaense da acerola e gerou no último ano 1.900 toneladas da fruta, equivalente a 51,6% do valor total produzido no estado

A família Zani trocou a avicultura pelo plantio de acerola no ano de 2005, já que a cultura na época começava a ganhar espaço na cidade de Japurá, município de 9.573 habitantes, no Noroeste do Paraná.  “Marcamos o gol da nossa vida”, felicita a produtora Márcia dos Santos Zani.

Produção de acerola em Japurá. Foto: Gilson Abreu

Em razão da impossibilidade de expandir os negócios do barracão de frango, antigo ganha pão da família, os Zani abraçaram a acerola, realidade de muitas famílias em Jupurá, o que garante à cidade o status informal de capital paranaense da acerola. Atualmente, de acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), 80 produtores se dedicam à pequena fruta avermelhada no município. Em 2020 produziram 1.900 toneladas – ou 51,6% das 3.681 toneladas produzidas pelo Paraná. Comércio que movimentou R$ 7,5 milhões.

“Estudei, pesquisei e achei que o mais viável era plantar acerola. Tem 15 anos que mexo com isso e não me arrependo”, afirma Iracema Dias Rodrigues, dona de 600 pés da fruta e de uma produção que, nos anos bons, bate na casa das 50 toneladas.

Durante a colheita, a família conta que o trator não para na garagem, já que são dezenas de idas e vindas diárias puxando a carreta carregada de acerola. “Chamamos umas 13 pessoas para ajudar. Quem planta acerola sabe que não pode ficar um dia sem colher”, revela Mauro Aparecido Zani, cuja produção chega a 120 toneladas por ano.

Produção de acerola em Japurá. Mauro Aparecido Zani. Foto: Gilson Abreu

A opção de Japurá pela acerola ganha respaldo na indústria da transformação. São três complexos especializados na produção e comercialização da polpa instalados no município. Ou seja, mais de 90% da colheita dos agricultores familiares têm destino certo. “Há semanas que produzimos entre 7 e 8 mil quilos. Não fossem esses grandes compradores, não conseguimos dar vazão para tanta fruta”, diz Mauro.

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