A preocupação de órgãos ambientais é de que o líquido avance mais alguns quilômetros e chegue à Lagoa do Camacho, no município de Jaguaruna, e coloque em risco a pesca que serve de sustento a mais de 2 mil pessoas no Complexo Lagunar.
As primeiras 24 horas após o acidente que causou lesões leves ao motorista Jader Mauro da Silva, de 45 anos, foram de apreensão. O vazamento de óleo diesel, gasolina e álcool foi considerado pela Defesa Civil e Fundação do Meio Ambiente (Fatma) como extremamente grave, embora ainda não tenha provocado mortandade de peixes no rio, que não é usado na captação de água para abastecimento público.
Na manhã dessa terça, dia 28, a pista antiga da BR-101, desativada por conta das obras de duplicação da rodovia, estava ocupada por veículos e profissionais do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Fatma, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Polícia Rodoviária Federal. Com o risco de explosão do tanque, a área onde a carreta caiu foi isolada e um caminhão de combate a incêndio ficou de prontidão. Por volta das 10h, integrantes da Defesa Civil percorreram o rio em uma lancha para aferir os efeitos do acidente. De acordo com o gerente de preservação, Emerson Neri, a equipe navegou 20 quilômetros, chegando ao Rio Congonhas, e constatou combustíveis em, pelo menos, 17 quilômetros.
Para evitar mais danos, as equipes ambientais montaram uma barreira de contenção na ponte entre Tubarão e Jaguaruna. A Polícia Ambiental utilizou redes de pesca apreendidas e conseguiu reduzir a passagem da mistura de óleo, gasolina e álcool na correnteza.
Como a carreta capotou e caiu entre duas pontes, no km 340, a pista lateral aberta ao tráfego no sentido norte-sul não precisou ser interditada. Porém, após as 16h o trânsito no local ficou lento em razão da curiosidade dos motoristas e houve congestionamento que atingiu o perímetro urbano de Tubarão até as 19h.