Mas em vez de usar os recursos em uma só operação, a compra de ações em aportes regulares, mensalmente, por exemplo, é uma estratégia mais eficaz ante eventuais turbulências do mercado, apontam especialistas. A tática também é recomendada na aquisição de cotas de fundos ou clubes de investimentos.
? Independentemente do sobe e desce da bolsa, as aplicações regulares são mais promissoras numa perspectiva de médio e longo prazo ? ressalta Nilton d’Avila Farinati, membro orientador do Instituto Nacional de Investidores (INI) e sócio da Valor Ativo Assessoria de Investimentos.
Ao comprar ações ou cotas em diferentes momentos, o investidor pode obter retorno médio compatível com sua expectativa sem correr o risco de pagar caro demais.
? Disciplina é mais importante do que conhecimento na arte de ganhar dinheiro ? avalia o consultor financeiro Augusto Saboia.
Especialistas recomendam diversificar investimentos
Ao ingressar em diversas datas e preços, o investidor pode escolher o papel pelo qual pagou menos com a finalidade de embolsar mais, mantendo os demais ativos até que atinjam resultado satisfatório.
? A estratégia é aumentar o volume dos aportes na baixa dos preços, como no atual momento da bolsa, reduzindo as aquisições em períodos de alta ? reforça Marco Antonio Martins, presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec-Sul).
Analistas enfatizam a importância da diversificação dos recursos disponíveis em várias modalidades, inclusive com parte em renda fixa. A divisão do dinheiro entre renda variável e fixa depende do perfil de cada um, mas é sempre bom lembrar de regras básicas para ativos de risco: entrar na baixa e sair na alta e jamais colocar recursos com previsão de uso.
A aposentada Maria Adelaide Dias, 60 anos, realizou cursos, leu sobre o tema e conversou com amigos que investem na bolsa sobre fundos de renda variável. Após cinco anos, procurou uma corretora e decidiu aplicar seu Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e outras economias em ações da Petrobras.
Na corretora, analisa o perfil das empresas, seus balanços e prognósticos a curto e médio prazos e então decide, com o aval do seu corretor, se o momento é para vender, comprar ou manter os papéis.
? Pesquiso empresas e, caso o mercado esteja em turbulência, vendo as ações e aguardo a queda dos valores. O momento atual é para compras ? explica.