Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Ações de controle incorretas aumentam ataques de bicudo em Mato Grosso

Fundação MT orienta sobre o manejo adequado para evitar a propagação da praga, presente no Estado desde 1993A Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) alerta para a alta incidência de bicudo nas lavouras de algodão de Mato Grosso nesta safra. De acordo com a entomologista e pesquisadora Lucia Vivan, a infestação acontece porque algumas das ações de controle não foram realizadas da melhor forma, sem o monitoramento desde o pré-plantio do algodoeiro.

– Ele deve ser realizado quando o produtor identificar o surgimento dos primeiros botões florais, observando a presença de orifício de alimentação e postura de ovos do inseto nessas estruturas. Pelo fato do número dessas pragas aumentarem rapidamente e, a fase de larva ficar dentro do botão floral, a detecção muitas vezes não acontece ou é feita tardiamente – destaca Lucia, acrescentando que o prejuízo é considerável mesmo que a infestação ocorra em pequena proporção.

– Dispomos de algumas ferramentas, como o monitoramento antes do plantio com armadilhas de feromônio, controle no botão floral, pulverizações sequenciais e controle pós-colheita – aponta a pesquisadora. Segundo ela, o primeiro registro do bicudo no Estado foi em 1993, na região de Cáceres, e de lá para cá, a praga só tem aumentado.

A entomologista afirma, ainda, que um ponto fundamental para o sucesso no manejo da praga é o controle realizado nas bordaduras.

– Os insetos penetram nas lavouras pelas bordaduras, ou seja, pelas bordas da plantação, onde permanecem durante a primeira geração. Por isso, é preciso realizar, estrategicamente, amostragens específicas, catação e colocação de armadilhas para coletas. Em áreas com esse tipo de manejo é possível verificar a redução na aplicação de inseticidas.

Uma das principais formas de controle consiste em destruir as soqueiras de algodão até 30 dias após a colheita, limitando até 15 de setembro.

– As rebrotas também devem ser destruídas e as semeaduras devem ser realizadas entre 30 e 40 dias – assinala Lucia.

A instalação de armadilhas de feromônio nas lavouras com pelo menos 60 dias antes do início do plantio também apresenta resultados positivos para o manejo da praga. Isso ocorre porque elas têm a função de atrair os bicudos que estão nos refúgios próximos às plantações, antes da germinação do algodão.

– Nas áreas próximas às armadilhas de captura é possível fazer um levantamento dos níveis de infestação, detectar os pontos de maior problema e assim, realizar o tratamento para um controle diferenciando – salienta a entomologista. Ela ainda lembra que o período de entressafra merece muita atenção.

O ataque do bicudo provoca a queda antecipada dos botões florais, flores e maçãs. Os botões apresentam perfurações externas; as flores ficam com aspecto de “balão”, devido a não abertura das pétalas; as maçãs apresentam perfurações externas; e as fibras e sementes são destruídas, causando a abertura anormal da maçã (carimã) e escurecimento interno.

– Com isso, ocorrem perdas expressivas na produção. Hoje, para contornar este problema, acaba se fazendo o uso abusivo de produtos químicos, aumentando o custo de produção e contaminando do meio ambiente – afirma Lucia.

Sair da versão mobile