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Acordo entre Brasil e Estados Unidos sobre subsídios na produção de algodão segue valendo

Votação da nova lei agrícola norte-americana ainda pode mudar cenárioRepresentantes dos governos brasileiro e norte-americano estiveram reunidos durante a semana em Brasília para discutir a manutenção de um acordo firmado após a Organização Mundial do Comércio (OMC) considerar ilegal a concessão de subsídios aos produtores de algodão daquele país. O compromisso estabelece o repasse de US$ 147 milhões ao ano para investimentos na produção brasileira.

Ao final dos encontros, ficou decidido que o acordo atual segue valendo, mas ele pode ser alterado dependendo do conteúdo da lei agrícola norte-americana, que pode ser aprovada até 30 de setembro pelo Congresso dos Estados Unidos.

— Em primeiro lugar, as negociações para encontrar uma solução satisfatória seguirão. Em segundo lugar, as compensações financeiras e todas as demais obrigações previstas nesses dois instrumentos seguem em vigor — explica o embaixador Roberto Azevêdo, chefe da missão do Brasil junto à OMC.

As negociações atuais da nova lei não agradam ao Brasil, já que a concessão de subsídios aos agricultores norte-amercianos podem continuar. Se as medidas forem aprovadas, o governo brasileiro se diz preparado para retaliar os Estados Unidos.

— É possível que em 30 de setembro já saia uma nova lei agrícola americana e que o Brasil não esteja satisfeito com ela. Nessa situação, nós já estamos nos preparando. Há um grupo de trabalho interministerial que está examinando como reintroduzir essas sanções econômicas aprovadas pela OMC e que estariam em vigor pelo descumprimento norte-americano das suas obrigações — completa Azevêdo.

A próxima reunião entre representantes dos dois países está marcada para outubro.

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