Ao final dos encontros, ficou decidido que o acordo atual segue valendo, mas ele pode ser alterado dependendo do conteúdo da lei agrícola norte-americana, que pode ser aprovada até 30 de setembro pelo Congresso dos Estados Unidos.
— Em primeiro lugar, as negociações para encontrar uma solução satisfatória seguirão. Em segundo lugar, as compensações financeiras e todas as demais obrigações previstas nesses dois instrumentos seguem em vigor — explica o embaixador Roberto Azevêdo, chefe da missão do Brasil junto à OMC.
As negociações atuais da nova lei não agradam ao Brasil, já que a concessão de subsídios aos agricultores norte-amercianos podem continuar. Se as medidas forem aprovadas, o governo brasileiro se diz preparado para retaliar os Estados Unidos.
— É possível que em 30 de setembro já saia uma nova lei agrícola americana e que o Brasil não esteja satisfeito com ela. Nessa situação, nós já estamos nos preparando. Há um grupo de trabalho interministerial que está examinando como reintroduzir essas sanções econômicas aprovadas pela OMC e que estariam em vigor pelo descumprimento norte-americano das suas obrigações — completa Azevêdo.
A próxima reunião entre representantes dos dois países está marcada para outubro.