O diretor explicou que a proposta, aprovada há duas semanas pela Camex, será apresentada aos sócios do bloco sul-americano para a consolidação de uma oferta comum até o início de novembro. Ele avalia que a oferta sancionada pela Camex está em nível aceitável por parte dos europeus.
– O passo seguinte será avaliar se a proposta europeia nos convém, entrar nas outras condições como as eventuais cotas que cada lado está disposto a oferecer – afirmou.
Na opinião do diretor, o possível acordo entre o Mercosul e a UE é muito importante “não apenas para incrementar o comércio (28 países com elevado poder aquisitivo compram do mundo aproximadamente US$ 120 bilhões por ano em alimentos), mas também como mecanismo de integração para efeito de investimentos e cooperação em todas as atividades de interesse do Brasil”.
Ele prevê que a integração com os segmentos de máquinas e equipamentos de alguns países europeus permitirá o melhor acesso por parte dos industriais, agricultores e empresários brasileiros do setor de serviços aos bens de capital.
– Assim, o setor terá mais condições de competitividade e mais chances de incremento nas exportações para novos mercados, inclusive, com diversificação da pauta de produtos – disse Benedito Rosa.
Segundo os dados do Ministério da Agricultura, no ano passado as exportações brasileiras de produtos agropecuários para os países membros da UE proporcionaram receita da ordem de R$ 21 bilhões, com destaque para o complexo soja (US$ 7,6 bilhões), café (US$ 3,3 bilhões), produtos florestais (US$ 3,09 bilhões) e carnes (US$ 2,3 bilhões).