O superintendente de terminais da ALL, Carlos Eduardo Monteiro de Barros e Silva, diz que as operações já estão normalizadas.
? O que significa que não houve impacto na logística ferroviária de cargas com destino ao Porto de Santos ? enfatizou.
Segundo ele, pelo terminal de Alto Araguaia passam diariamente cerca de 600 caminhões e a capacidade de escoamento no local é de até 500 vagões. No último mês de julho, houve recorde de movimentação, que atingiu 665 caminhões descarregados em um único dia.
O diretor executivo da Associação dos Transportadores de Carga de Mato Grosso (ATC), Miguel Mendes, que representa os empregadores, diz que o acordo atende aos interesses das partes envolvidas. Segundo ele, as empresas também estavam enfrentando prejuízos com as condições precárias do terminal da ALL, por causa dos problemas de saúde dos motoristas, provocados pelo excesso de poeira no período seco e devido à quebra de caminhões durante as chuvas, além da demora no desembarque.
? Muitos motoristas estavam recusando cargas para desembarque no terminal da ALL ? diz ele.
No protocolo de intenções, a ALL assegurou que em 120 dias o pátio externo será pavimentado e não haverá cobrança em caso de banho quente. Mendes destaca como avanço o fato de a empresa ter concordado em suspender a proibição do acesso aos motoristas que reclamam das condições do terminal, feita com base no CPF e placa do caminhão.
Miguel Mendes explicou que o acordo não implica suspensão da ação civil impetrada pela Fettremat contra a ALL, cuja liminar foi concedida pelo juiz Juarez Gomes Portela, da Justiça do Trabalho de Rondonópolis-MT, obrigando a empresa a providenciar em caráter emergencial medidas para melhoria das condições ambientais e de trabalho nos terminais, além da redução do tempo de espera para carga e descarga.
O superintendente de terminais da ALL afirmou que a empresa já investiu mais de R$ 13 milhões em melhorias nos terminais, como a sinalização e ampliação de 100 vagas no pátio, implantação de três postos de marcação de fila, além de obras internas, incluindo novas tecnologias que permitiram dobrar a capacidade de descarga, agilizando o processo de recepção das cargas e reduzindo o tempo médio de permanência dos motoristas no terminal para 5,6 horas. A empresa também informa que foram construídos novos banheiros com chuveiros e água quente, além de um restaurante, visando a beneficiar os motoristas que descarregam no terminal.