A cartilha traz explicações sobre as diversas linhas de crédito de custeio e investimento que podem ser acessadas por todos os pecuaristas, entre elas o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), e o FCO Rural. A intenção é familiarizar os produtores com as regras e prazos dos diferentes modelos de empréstimos oficiais, com juros menores aos do mercado. O material foi produzido em parceria com o Banco do Brasil e o Sicredi.
? Com a divulgação desta cartilha, nós pretendemos esclarecer mais os pecuaristas sobre as linhas de créditos disponíveis no setor financeiro. Isso para que ele possa melhorar as suas atividades produtivas, investir mais, melhorar a tecnologia, melhorar a geração de riqueza dentro da propriedade e, com isso, melhorar a sua condição, a sua renda ? explica João Carlos Spenthof, presidente da Central Sicredi da região.
No ano agropecuário 2009/2010, cerca de 40% do crédito rural liberado pelo Banco do Brasil no Mato Grosso foi destinado à pecuária. Já o Sicredi disponibilizou aproximadamente R$ 630 milhões para o setor. A atividade também foi destaque nas liberações de FCO Rural, com R$ 327 milhões. Para este ano, a expectativa da Acrimat é ampliar ainda mais esta participação.
? A nossa expectativa é que há um momento favorável para a pecuária. E, ao mesmo tempo, um momento em que está bem definido que não serão autorizadas aberturas de novas áreas. Confirmado o crescimento do rebanho, o produtor tem que se preparar para atender este crescimento e atender a esta demanda. Então, é um momento adequado para ele demandar estas linhas de créditos e investir nesta recuperação, melhoria da pastagem, da propriedade e do rebanho… ? acredita José João Bernardes, presidente da Acrimat.
A previsão é de uma ampliação na demanda por recursos para a recuperação de pastagens. Dos 26 milhões de hectares com pastagens no Mato Grosso, pelo menos 10% precisam ser recuperados imediatamente. No entanto, antes de solicitar os empréstimos, é preciso ficar atento às exigências, como as cobranças ambientais.
? Nós encaramos a questão ambiental como fundamental. Mas nas operações de custeio, existe uma regulamentação bem abrangente e clara. Há também muita possibilidade de flexibilizarmos, não no descumprimento da lei, mas na exigência de documentação. Nós temos percebido que nas operações de custeio, a questão ambiental não é nenhum empecilho. Nós podemos fazer operações de custeio com atendimento da legislação e sem que isso gere ônus ou custos ao produtor ? afirma Jânio Zeferino, superintendente Banco do Brasil no Mato Grosso.
A cartilha vai der distribuída gratuitamente. Uma versão digital estará disponível no site da Acrimat.