De um total de 511 mil operações contratadas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), em torno de 300 mil foram renegociadas ou liquidadas.
O Banco do Brasil, que trabalha com 140 mil operações do Pronaf ? principalmente na região Sul ? foi o que mais atendeu nos últimos dias, mas ainda aguarda o comparecimento de 40 mil agricultores nas agências. No Norte e Nordeste, a situação preocupa ainda mais o governo. Com o maior número de operações da agricultura familiar, em torno de 350 mil, o Banco do Nordeste ainda espera a adesão de 150 mil agricultores. Situação semelhante à do Banco da Amazônia. Com 21 mil operações, cerca de 15 mil produtores não compareceram até agora às agências.
Para o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o período eleitoral e a greve dos bancos atrapalharam a renegociação.
? Esse número é abaixo da expectativa inicial. Nós imaginávamos chegar neste momento, pelo menos, com 85% dos agricultores tendo regularizado sua situação ? diz o diretor de Financiamento e Proteção da Secretaria de Agricultura Familiar, João Luiz Guadagnin.
O governo garante que o prazo não vai ser prorrogado e avisa: quem não renegociar vai ficar impedido de fazer transações financeiras, como manter contas em bancos ou tomar empréstimos, e ainda pode ter o nome inscrito na Dívida Ativa da União. Guadagnin fez um apelo:
? Queremos que os agricultores aproveitem esta semana e busquem informações. Aos extensionistas, sindicatos, líderes municipais, prefeitos, secretários de Agricultura e vereadores pedimos que orientem os agricultores a aderir.
Para renegociar, o produtor só precisa ir a uma agência bancária e assinar um termo de adesão, onde devem constar o nome completo e o número do CPF.