A demora no processo tem tido reflexos no campo, especialmente no Vale do Taquari e na Serra, explica o vice-presidente da OCERGS, Irno Augusto Pretto.
? A produção fica inviabilizada diante da incerteza dos pequenos proprietários sobre o que será válido legalmente. A agricultura também tem seu tempo, logo chega o frio e não poderá ser recuperado o que não está sendo feito agora ? disse.
Para o presidente da Fetag, Elton Weber, o impacto para os pequenos agricultores ainda não pode ser mensurado.
? Isso será sentido mais adiante, por enquanto o principal prejuízo é mesmo a insegurança dos trabalhadores rurais, que querem ter amparo jurídico ? ressaltou.
Weber reforçou, também, a decepção da entidade com o novo adiamento.
? Na nossa visão, houve um avanço na construção do texto. Consideramos que a última redação era a melhor para a agricultura familiar desde o início das discussões ? complementou.
As negociações vinham avançado a favor das cooperativas rurais nos últimos dias, com a inclusão delas entre as possíveis beneficiárias das Áreas de Preservação Permanentes (APPs).
? Estamos vendo o adiamento com muita angústia. Fizemos reuniões com o relator e com deputados em Brasília e tudo parecia encaminhado para ser votado nessa semana. Esperamos que este ponto continue no texto que será votado ? afirmou Pretto.
A posição das entidades é orientar os agricultores a continuarem esperando e pressionar os responsáveis para que a votação aconteça.
? Vamos seguir atuantes e não deixar de cobrar, provocando a discussão em defesa dos pequenos agricultores ? alertou Weber.