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Entenda a complexidade que envolve a adubação foliar para a soja

Normalmente, a adubação foliar é tratada de forma muito genérica ou passando uma perspectiva exagerada de seu efeito. Mas, antes de optar por este método, é preciso considerar uma série de particularidades.

Artigo: Áureo Lantmann, consultor técnico do Soja Brasil
A aplicação de nutrientes às folhas das plantas, com o objetivo de complementar ou suplementar as necessidades nutricionais das mesmas, é fundamental para o bom desenvolvimento da soja.

Como sempre tem sido, no inicio de cada safra de soja há certa apreensão da parte dos agricultores com relação aos custos de produção. Valores que podem ser reduzidos, sem que se comprometa o rendimento da soja. Alguns insumos são totalmente dispensáveis, para obtenção de alta produção. E tem sido comum, nas últimas safras, o uso quase indiscriminado de produtos sem nenhuma chance de retorno econômico.

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A aplicação de nutrientes às folhas das plantas, com o objetivo de complementar ou suplementar as necessidades nutricionais das mesmas, não é uma prática nova, sendo conhecida há mais de 120 anos. Apesar de todos os conhecimentos e de algumas vantagens, o uso dos principais nutrientes em pulverização foliar tem sérias restrições. A utilização de sais solúveis de NPK, deste modo, somente pode ser feita em baixa concentração, sendo necessárias, várias aplicações para atingir a adequada quantidade de nutrientes, nas plantas, capaz de afetar significativamente a produção. Quando a concentração é aumentada, pode ocorrer a queima das folhas. Na prática, têm sido obtidos resultados muito inconsistentes quanto à sua eficiência, havendo ainda inúmeros pontos obscuros a serem estudados, sem o que não será possível sua utilização em larga escala.

A adubação foliar normalmente é tratada de forma muito genérica ou dando uma perspectiva exagerada do efeito, sem a consideração de uma série de particularidades que seu emprego requer.

Qual o objetivo da adubação foliar?
A) Corrigir as deficiências?
B) Complementar à adubação do solo?
C) Suplementar à adubação do solo durante todo o ciclo da cultura?
D) Suplementar à adubação de solo no estádio reprodutivo da soja?

Mas, se as necessidades nutricionais da soja, quantificadas em função da interpretação dos resultados de análises de solo, foram atendidas via adubação no solo, não há razão para a aplicação foliar, que seria inócua.

A maior questão sobre a adubação foliar para a soja é, quando se deve aplicar adubo foliar:

Para isso, na verdade há necessidade de um diagnóstico, em que se considere:
1) resultados de análise de solo;
2) resultados de análises foliar de anos anteriores, complementados com índices do DRIS (metodologia que avalia o estado nutricional das plantas, a fim de orientar a recomendação para adubação);
3) conhecimentos da adubação utilizada no ano e principalmente das adubações de anos anteriores;
4) histórico de sintomas de deficiências em anos anteriores principalmente de micronutrientes;
5) considerar as resposta apresentadas com o uso de adubos foliares em, anos anteriores.

Sem esse conjunto de informações, a adubação foliar na soja fica sem objetivo e sem parâmetros de referência para sua recomendação.

Nos casos de cobalto e molibdênio e do manganês, há argumentos técnicos para suas recomendações via foliar. Cobalto e molibdênio, quando não foram adicionados via sementes, em que pese ser esta ainda a mais eficiente forma de adubação para esses dois nutrientes, pode se optar pela via foliar. Para o manganês, quando surgirem sintomas ainda no período vegetativo, se recomenda via foliar.

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