– Eu tenho convicção de que a África será o maior fornecedor de café para os mercados mundiais, que estão consumindo cada vez mais o produto – disse o executivo-chefe (CEO) da entidade, John Schluter, em evento em Iaundê, capital de Camarões.
Schulter ainda afirmou que Camarões é um dos vários países africanos que estão oferecendo incentivos para tentar reverter a queda de produção. Entre esses incentivos estão a concessão de financiamento e plantas de alta produtividade, além de métodos modernos para a renovação de cafezais e uso de novas propriedades.
A colheita de café robusta por Camarões no ciclo 2012/2013 atingiu 16.175 toneladas, uma queda de 56% em relação às 36.641 toneladas registradas em 2011/2012. Na mesma base de comparação, a produção de arábica ficou em 2.734 toneladas, alta de 5%.
Apesar da previsão otimista de Schulter, ainda há um longo caminho a percorrer. A Etiópia, maior produtor de café na África Subsaariana, ocupa apenas a quinta posição em termos globais. De acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), o país responde por algo entre 7% e 10% da produção mundial, ou cerca de 6,3 milhões de sacas de 60 quilos. Já o Brasil deve colher 50 milhões de sacas neste ano, ou um terço da produção mundial.
Na temporada passada, a África produziu 18 milhões de sacas, de acordo com a Organização Internacional do Café (OIC).
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