Com uso da nanotecnologia, a unidade gaúcha será a primeira a adotar um novo sistema de tratamento de chapas e superfície e de pintura de colheitadeiras, que tem ainda a vantagem de ser limpo, ou seja, não é prejudicial ao ambiente. A iniciativa pioneira, segundo o executivo, vem como alternativa ao sistema hoje utilizado, que gera resíduo.
? Será uma tecnologia inovadora, faremos algo que ninguém mais está fazendo ? afirmou Richenhagen em entrevista a Zero Hora desde São Paulo.
Para poder implantar o processo, um prédio novo será construído na planta de Santa Rosa. Com isso, será possível aumentar a capacidade nos demais espaços e redesenhar o layout da fábrica. O projeto deve levar entre quatro e seis meses para ser executado. A ideia é de que a nova tecnologia já possa ser utilizada na unidade gaúcha no próximo ano.
? O sistema de pintura e tratamento sai de dentro da fábrica e ganha uma área própria ? explica Henrique Dalla Corte, vice-presidente de operações da Agco na América do Sul.
Outra alteração será a substituição da pintura líquida pela a pó, que tem como grandes vantagens maior durabilidade e redução de custo de 60% a 70%. Dalla Corte acrescenta ainda outros dois diferenciais: com relação ao tipo de energia utilizada ? a gás no lugar da elétrica ? e no quesito segurança, já que não oferece risco de explosão.
Contribuíram para a escolha da unidade gaúcha o bom momento que o Brasil vive para investimentos e também a decisão da empresa de investir em colheitadeiras, mercado no qual enxerga uma oportunidade de crescimento.
? Mais tarde, usaremos o projeto na Europa e nos EUA ? afirma o presidente e CEO da empresa.