Foi o que afirmou na quinta, dia 21, o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, ao divulgar o Monitor da Percepção Internacional do Brasil ? publicação trimestral derivada de pesquisa com representações diplomáticas, câmaras de comércio, organizações multilaterais e empresas estrangeiras.
De acordo com Pochmann, o indicador referente à pobreza subiu de 32 pontos, em julho, para 43 pontos, e o índice de desigualdade passou de 25 para 38 pontos na mesma base de comparação. Pelo método do Ipea, quanto maior a pontuação menor o percentual de pobreza e desigualdade de renda.
Outros indicadores que evoluíram favoravelmente entre as duas pesquisas foram os relativos às condições gerais de crédito e ao acesso da população a bens de consumo, “possivelmente refletindo uma expectativa de afrouxamento na política monetária” nos próximos meses, segundo o Ipea.
Contraditoriamente, a pesquisa captou que “houve sensível diminuição no indicador relativo à condução da política econômica”, com reflexo desfavorável quanto ao crescimento econômico com estabilidade. Os agentes consultados também avaliaram que houve redução da segurança jurídica nos últimos 12 meses.
A publicação do Ipea não revela quantas pessoas ou instituições foram ouvidas, nem cita o período exato da consulta. Diz apenas tratar-se de questionário preenchido eletronicamente pelos “respondentes” cadastrados, com o objetivo de captar a evolução da avaliação internacional sobre as realidades econômica, social, política e institucional do Brasil.