O protesto é liderado pela Sociedade Rural Argentina (SRA) e Confederação de Associações Rurais de Buenos Aires e La Pampa (Carbap) e inclui uma mobilização, na quarta, em La Plata, capital da província. O país se encontra em plena colheita de soja e os protestos podem prejudicar as exportações.
— O projeto da Câmara, se aprovado, aumentará de forma desproporcional o valor do imposto imobiliário rural, além de impulsionar uma abusiva e confiscatória reavaliação fiscal da terra, que não guarda relação com sua capacidade produtiva — disse o presidente da SRA, Hugo Biolcati.
Ele explicou que o aumento se dá em momento em que os produtores sofrem as consequências de fortes estiagens nas lavouras de soja e milho, com queda da produção e consequentes perdas.
— Uma alta porcentagem da província se encontra em estado de emergência ou desastre agropecuário declarado pelo próprio governo provincial — criticou.
Os produtores reclamam, ainda, que a competitividade do setor está comprometida pelas restrições à venda de trigo e milho, pelo sexto ano consecutivo, as quais deprimem os preços de seus produtos, inferiores aos valores de mercado, enquanto os custos de produção aumentam. Os impostos teriam alta de até 350%, segundo informaram as associações rurais.
Na semana passada, o tratamento da matéria na Assembleia Legislativa de La Plata foi suspenso por conflito entre os produtores e o movimento jovem kirchnerista, La Cámpora.