Os interessados em receber informações sobre como extrair os produtos de forma sustentável têm que se manifestar até o dia 16 de junho.
– Quando a gente fala de caatinga vem a imagem da seca, de não existir floresta, mas a Caatinga tem biodiversidade grande e existem riquezas no bioma – disse João Paulo Sotero, gerente executivo de Capacitação e Fomento do SFB.
Os dois órgãos também abriram vagas para que agentes de assistência técnica e extensão rural sejam treinados nesse manejo.
– O técnico vai estar apto para prestar a assistência florestal em 1,5 ano. Como os assentamentos vão começar a trabalhar o manejo florestal agora, essa demanda vai ser cada vez maior. Então, se a gente não capacitar outras pessoas, daqui a dois anos vai faltar gente para acompanhar os agricultores que optarem por essa atividade – explicou Sotero.
A expectativa do governo é apoiar, com essa chamada, cerca de 40 assentamentos e 200 técnicos. No ano passado, os órgãos ambientais federais lançaram seis chamadas públicas, sendo duas para capacitação de agentes de assistência técnica e extensão rural. Quase 1,2 mil pessoas entre estudantes de escolas técnicas e agentes foram capacitados. O objetivo do governo é conciliar uso e conservação das florestas, ou seja, preparar as comunidades locais para explorar a floresta, mas conservando o bioma, ao mesmo tempo que gera riqueza para as populações.
– Embora o Brasil tenha a maior cobertura florestal do mundo e a floresta tenha papel relevante para o país, ela é pouco trabalhada enquanto geração de riqueza. Aqui a floresta é convertida em lavoura. Mas, é preciso mostrar que além de lavoura é possível gerar renda a partir do uso sustentável dos produtos – completou Sotero.
Em toda a região de caatinga, projetos com o mesmo tipo de apoio já prepararam agricultores de quase 150 assentamentos de Pernambuco, da Paraíba , do Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí.