Agricultores da Bulgária realizaram protesto nesta segunda-feira (18), após o governo do país suspender, na quinta-feira (14), a proibição de circulação de grãos da Ucrânia.
Eles alegam que a medida vai gerar um fluxo maior de produtos e reduzir os ganhos dos produtores locais.
Na sexta-feira (15), a União Europeia ratificou a posição da Bulgária, retirando a proibição sobre a importação dos grãos ucranianos também para Polônia, Eslováquia, Hungria e Romênia, que vigorava desde maio.
A decisão dos europeus ocorreu porque a medida que restringia a entrada de produto da Ucrânia perderia a validade na sexta-feira.
Os agricultores usaram tratores para bloquear estradas, enquanto buzinavam e acenavam bandeiras nacionais.
Antes dos protestos, a Associação Nacional dos Produtores de Grãos da Bulgária afirmou em comunicado que os agricultores enfrentam “dificuldades sem precedentes” e pediu a proibição de uma série de produtos alimentícios da Ucrânia.
O presidente da Associação Nacional de Agricultores Unidos da Bulgária, Ventsislav Mitkov, disse, em manifestação na cidade de Pernik, a cerca de 30 km da capital Sófia, que eles querem banir “absolutamente tudo” da Ucrânia, o que incluiria girassol, trigo, milho e colza, além de petróleo, carne, frutas e vegetais, leite, mel e produtos lácteos.
A UE disse que “as distorções de mercado” criadas pelos grãos ucranianos desapareceram.
Mas agricultores dos cinco países membros reclamam que o excesso de produtos da Ucrânia gera prejuízos.
Os ministros da Agricultura da UE se reuniram hoje e pediram unidade. “Entendo que existam desafios nos países vizinhos, mas precisamos enfrentar esses desafios de uma forma que respeite as regras do mercado interno e também do comércio internacional”, disse a ministra da Finlândia, Sari Essayah.