? O financiamento do MDA é para produção, mas reconhecemos os problemas do Amazonas no que diz respeito ao escoamento da produção.
Segundo ele, outras medidas podem ser tomadas para resolver isso ? a construção de centros regionais de comercialização, para que os produtores tivessem onde entregar sua mercadoria a preço justo e eliminando a figura do atravessador, seria uma delas.
Cassel lembrou que o problema é antigo e citou o fato de o Amazonas ser atravessado por milhares de rios e ter poucas estradas. Com isso, muitos produtos ficam impedidos de circular entre cidades distintas, em função das dificuldades de transporte e do tempo que levariam, por vias fluviais, para chegar a outras localidades.
Apesar do anúncio de mais recursos para o setor no Estado, os agricultores que participaram do lançamento do Plano Safra não deixaram de lado suas preocupações. E, mais uma vez, apontaram o problema do escoamento da produção como fator impeditivo do desenvolvimento da atividade agrícola no Amazonas.
O agricultor Francisco Santos, de 78 anos, que planta mandioca e banana em Manacapuru, disse que se sente amparado com o Plano Safra, mas se queixou das dificuldades para vender os produtos.
? Para vender, cada um dá seu jeito. A estrada é ruim para transportamos, e não tem comprador. Grande parte do que a gente planta acaba se perdendo, porque não tem como [transportar].
Com o Plano Safra, cada produtor rural poderá financiar de R$ 7mil até R$ 100 mil e terá dez anos de prazo para quitar a dívida. Os juros referentes ao empréstimo são de apenas de 2% ao ano.