No último ano-safra os agricultores familiares de Mato Grosso contrataram R$ 316 milhões disponibilizados pelo governo, 24% a mais que o total acessado no ciclo 2010/2011. Mesmo assim, o volume ainda é considerado abaixo do que o setor necessita. Os recursos são estimados em R$ 1,5 bilhão.
No assentamento Nossa Senhora Aparecida, na zona rural do município de Várzea Grande, a cobrança dos produtores é por menos burocracia para a disponibilização de recursos. As 140 famílias não conseguem ter acesso aos créditos oficiais há pelo menos cinco anos.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Várzea Grande, José Oliveira, confirma as dificuldades. O pequeno produtor reconhece a iniciativa do governo em ampliar os recursos disponíveis e reduzir as taxas de juros, mas lamenta não ver os benefícios saindo do papel. Os principais entraves, segundo ele, são a falta de documentos como o contrato de concessão e uso da terra, além do Cadastro Ambiental Rural. Oliveira afirma ainda que a lentidão dos órgãos responsáveis pela documentação agrava o problema.