O trabalho é uma iniciativa do governo do Estado, por meio de parceria entre as secretarias estaduais da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri) e de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).
O APL ? empresas de uma região que integram a mesma cadeia produtiva ? possui quatro eixos de atuação relativos à produção e defesa sanitária, inovação tecnológica, mercado e empreendedorismo, além do item segurança do trabalho. A expectativa é possibilitar aos produtores, um incremento na sua renda média bruta de até 50%. Para isso serão investidos recursos da ordem de R$ 80 milhões.
? Para a revitalização e incremento da produção sisaleira vamos viabilizar o crédito rural na manutenção das lavouras, ofertar uma assistência técnica rural adequada, além de prevenir e controlar pragas, a exemplo da Podridão Vermelha ? declarou o superintendente da Agricultura Familiar (Seagri/Suaf), Ailton Florêncio.
As ações relativas à produção e defesa sanitária, que são de competência da Seagri, terão um investimento aproximado de R$ 57 milhões, fazendo parte do amplo programa de verticalização da produção, o Sertão Produtivo.
Florêncio estima a geração de 42 mil novos empregos nos processos de beneficiamento de campo (motores de sisal) e nas novas batedeiras (beneficiamento primário). O uso do sisal em novos produtos, como na indústria automobilística, abrem novas perspectivas de mercado e valorizam o produto, assegurando maior renda para o agricultor familiar.
? Além dos novos empregos, as 700 mil ocupações geradas com a cultura em toda a cadeia produtiva serão mantidas e 15 mil produtores organizados em cooperativas ? explica o superintendente da Seagri.
Potencial
A Bahia é o Estado onde se cultiva 90% do sisal de todo o Brasil. A cultura da fibra predomina em 37 municípios de quatro territórios, com uma área plantada de aproximadamente 277,4 mil hectares (638 mi mil tarefas) em 35 mil propriedades rurais.
O sisal é um dos produtos agrícolas que mais geram impostos para o estado e em toda a sua cadeia produtiva, empregando 700 mil pessoas, entre agricultores e trabalhadores dos três mil motores de desfibramento, 100 batedeiras e dez indústrias, além dos intermediários e transportadores.