A iniciativa tem como objetivo orientar os produtores para a adequação de suas propriedades, mantendo o equilíbrio entre rentabilidade financeira de sua atividade, com respeito à legislação ambiental, e à adoção de práticas ambientais sustentáveis.
O projeto tem como foco não só aspectos ambientais, mas também sociais e econômicos. Ao integrar esses três itens, o projeto visa conscientizar os agricultores familiares sobre a necessidade de optarem por uma propriedade sustentável.
– É um trabalho importante realizado de maneira integrada com a Epamig de orientação dos produtores para a adequação de suas propriedades. Espero que, no futuro, possamos ampliá-lo – afirma o diretor técnico da Emater-MG, José Rogério Lara.
O projeto utiliza-se da metodologia ISA, que permite uma abordagem mais ampla da propriedade. Com base nessa metodologia é feito um diagnóstico que identifica os aspectos socioeconômicos e ambientais, como diversidade de renda, evolução patrimonial, segurança alimentar, escolaridade, segurança do trabalho, qualidade da água superficial, diversificação da paisagem agrícola e áreas de preservação permanente. A partir daí é elaborado um plano de adequação onde são demonstrados os aspectos positivos e fragilidades da propriedade.
De acordo com o secretário adjunto da Seapa, Paulo Romano, a ação busca analisar a propriedade em sua complexidade.
– Esse projeto representa um novo modo de olhar a propriedade rural, ou seja, entender toda propriedade como um agroecossistema e não só como um local que apenas produz. Com base nisso, conseguimos orientar o agricultor para que ele busque a sustentabilidade – diz Romano.
Em 2012, as metas previstas para o projeto foram atingidas. Foram realizados diagnósticos em 420 propriedades e elaborados 120 planos de adequação.
Para o gestor do Projeto de Adequação Socioeconômica e Ambiental das Propriedades Rurais, José Ricardo Roseno, o primeiro ano foi muito positivo.
– Além de avaliar e mensurar os impactos da ação antrópica no meio ambiente, a metodologia ISA nos ajudou a orientar a ação do extensionista na propriedade. Foi um ano de consolidação do projeto – finaliza Roseno.