Agricultores do Semiárido serão beneficiados com cisternas

Reservatórios são utilizados para manter pequenas irrigações e na criação de animais

Fonte: Divulgação MDS/Cáritas/Crateús (CE)

A produção agrícola em pequena escala do Semiárido brasileiro será beneficiada com a construção de cisternas, afirmou nesta quarta-feira, dia 20, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, durante apresentação do balanço e desafios das ações voltadas ao Semiárido.

Em 2015, foram distribuídas 53,5 mil tecnologias que incluem tanto o reservatório quanto o sistema de captação. Construídos a partir de uma tecnologia considerada simples e barata, esses reservatórios com capacidade de 52 mil litros ou mais são usados para pequenas irrigações e para a criação de animais. Nos últimos quatro anos, agricultores familiares do Semiárido já receberam 158 mil sistemas integrados de cisternas de placas. 

Ela também destacou que o programa tem ajudado a melhorar indicadores sociais. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto em 2002 88,6% da população tinha acesso à água, em 2013, esse percentual chegou a 94,6% da população. 

“Agora, por exemplo, estamos no meio de um período de estiagem que durou cinco anos e caiu uma chuva inesperada e conseguimos encher as cisternas garantindo que essa população tenha água potável para beber, para cozinhar, para higiene pessoal para os próximos oito meses”, explicou a ministra, ao lembrar que, em 2015, foram construídas 125,7 mil cisternas.

Escolas públicas também aguardam a construção de mais de 3 mil cisternas, importantes para que aulas e outras atividades escolares não sejam suspensas em decorrência da estiagem. A aposta neste tipo de investimento começou a ser feita no ano passado, quando 1,7 mil reservatórios foram instalados. 

“O programa é novo. Vamos concluir 5 mil cisternas este ano, e nossa ideia é chegar a 10 mil cisternas em três anos, mas acredito que alcançaremos este número antes”, afirmou a ministra.