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Agricultores do Sul temem redução da safra devido ao calor

Temperatura elevada faz cair produtividade nas lavouras cultivadas mais tarde no RSAlém da chuva insuficiente, um novo problema colocou os agricultores do Rio Grande do Sul em alerta nos últimos dias. Enquanto o Estado começa a colher a safra de soja, o calor é uma ameaça que pode reduzir ainda mais a produtividade das lavouras que estão em fase de enchimento de grãos e floração.

É o caso do agrônomo Paulo Roberto Vargas, produtor em Carazinho. Ele escalonou o plantio em três etapas e, na área que plantou mais cedo, já colheu metade do que calculava em virtude da seca que assola o Rio Grande do Sul desde novembro. Esperava obter um melhor rendimento nas lavouras cultivadas mais tarde, mas agora tem dúvidas.

– Com esse calor, já não sei. É preciso colocar a colheitadeira para trabalhar para saber – diz Vargas, que também espera novas chuvas nos próximos 15 dias para evitar perdas maiores nas lavouras.

Colheita da soja deve chegar a 7,1 milhões de toneladas

O gerente técnico da Emater, Dulphe Pinheiro Machado Neto, lembra que, embora exista a expectativa de que as lavouras plantadas mais tarde superem a produtividade das cultivadas no cedo, as altas temperaturas aceleram a evaporação da umidade do solo e castigam as plantas.

– O milho plantado no tarde também está sofrendo bastante – acrescenta Dulphe.

O mais recente levantamento da Emater, divulgado semana passada, indica que o Estado deve colher 7,1 milhões de toneladas de soja, ante uma expectativa inicial de 10,3 milhões de toneladas.

Em algumas regiões, no entanto, o quadro é mais grave. Na regional da Emater do município gaúcho de Santa Rosa, por exemplo, a redução na produtividade chega a 64%. Cerca de 5% da área já está colhida.

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