No primeiro dia da Agrishow (28), em Ribeirão Preto (SP), o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que o governo vai trabalhar para apresentar o melhor Plano Safra e estimular ainda mais a agricultura.
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“Vamos trabalhar com os ministros Fávaro, o Paulo Teixeira e a Luciana Santos para termos o melhor Plano Safra e poder estimular ainda mais o setor”, afirmou o vice-presidente, ao lado dos ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, do Desenvolvimento Agrícola e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.
“Os juros ainda são altos, mas estão caindo e haverá equalização no Plano Safra”, completou. O ministro da Agricultura afirmou que o novo Plano Safra deve ter juros menores do que os de 2023. “Em 2023 tivemos as taxas de juros mais horríveis da história do nosso país. Vamos buscar uma equalização dos juros ainda maior”, disse. Ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o Plano Safra 2023-2024, o maior da história, no valor de R$ 364,22 bilhões, 18% maior que no período anterior.
Para um público de produtores rurais, agricultores familiares e empresários, Alckmin destacou a importância da agroindústria para a política industrial Nova Indústria Brasil, mencionou os projetos do governo que tramitam no Congresso Nacional, para a modernização de máquinas e equipamentos industriais, a criação da Letras de Crédito do Desenvolvimento (LCD) e o Combustível do Futuro, e ressaltou as linhas de financiamento criadas pelo governo para pesquisa e inovação.
Também lembrou que desde o início do mandato do governo Lula, o governo conseguiu a abertura de 108 novos mercados em 50 países, sendo 30 só em 2024. E acrescentou que deverão ter novas viagens para abertura de novos mercados. Entre os destinos, estarão Arábia Saudita e China.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou o papel da agricultura no combate à mudança do clima. Queremos uma agricultura restaurativa, uma agricultura que possa recuperar as fontes de água, as matas ciliares, as áreas de proteção ambiental, uma agricultura que possa utilizar com mais racionalidade os recursos naturais deste país, disse Teixeira.
Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, lembrou o aumento na disponibilização de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para inovação por empresas do agronegócio, cooperativas e outras entidades dedicadas ao aumento da produtividade. Destinamos 12,6% do FNDCT para o agronegócio brasileiro. Esse recurso só foi recomposto integralmente graças a uma decisão do presidente Lula, ainda no início do ano passado, que possibilitou a recomposição integral do FNDCT para R$ 10 bilhões, sendo metade recursos reembolsáveis e, a outra metade, recurso de crédito”, afirmou.
Presidente da Agrishow, João Carlos Marchesan celebrou a integração das políticas do Governo Federal para a indústria e a agricultura. “Gostaria de parabenizar a iniciativa do governo brasileiro de lançar o plano Nova Indústria Brasil, que é muito importante para colocar a indústria brasileira no centro do debate do desenvolvimento tecnológico e social. É a neoindustrialização, afirmou”.
Vice-presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Marchesan reforçou a expectativa positiva do setor agropecuário com os objetivos de mecanização da produção familiar. “Acreditamos firmemente no potencial transformador dessa política, e estamos preparados para colaborar com seus objetivos, em especial o setor de máquinas e implementos agrícolas, que atua desde o preparo até o armazenamento de grãos, disse”.