Agricultura deve ficar fora dos cortes do orçamento da União

Afirmação foi feita pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, nesta quarta em BrasíliaO ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou nesta quarta, dia 15, que a agricultura não vai ser atingida pelos cortes temporários no orçamento da União para 2009. Em Brasilia, ele e o ministro da Fazenda anunciaram a redução da meta de superávit primário, que é a economia feita pelo governo para pagar os juros da dívida pública.

No projeto de lei de diretrizes orçamentárias de 2010, que o governo encaminha ainda nesta quarta-feira ao Congresso, está incluída a redução da meta de superávit primário de 3,8% do PIB para 3,3%. Isso quer dizer que a economia feita pelo governo para pagar os juros da dívida será menor. O principal motivo é a exclusão da Petrobras do cálculo da receitas e despesas do governo em 2009. Segundo o ministro Guido Mantega, as justificativas são a queda na arrecadação do governo e a desaceleração na economia.

Nesta manhã, o ministro Guido Mantega disse também que apesar da crise internacional ainda ter reflexos na economia brasileira, já é possível verificar um abrandamento da recessão que atinge alguns países. Para ele, o agronegócio brasileiro é um exemplo de melhora no desempenho.

As mudanças nas diretrizes orçamentárias foram baseadas em previsões otimistas para economia no próximo ano. Segundo o ministro do Planejamento, o Brasil deve crescer 4,5% em 2010. Paulo Bernardo também afirmou que os cortes temporários no orçamento da União não devem atingir a agricultura. Segundo ele, a economia vai ser feita nas emendas parlamentares.

 ? Não haverá contingenciamento na agricultura no que diz respeito aos programas essenciais como vacinação contra aftosa, defesa sanitária, animal e vegetal. Os programas de investimento da Embrapa todos estão preservados ? disse Bernardo.