As lavouras que podem apresentar os maiores aumentos no valor da produção, na comparação com ano passado, são algodão, 65,4%, uva, 44,8%, café, 38,4%, milho, 29,3%, soja, 17,4%, feijão, 11%, mandioca, 8,6%, e laranja, 7%.
? Esses resultados devem-se à combinação de preços favoráveis neste ano e ao maior volume de produção obtido ? explica o coordenador de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, José Gasques.
Os grãos que devem atingir maior volume de produção neste ano são, soja, com 74 milhões de toneladas, milho, com 58 milhões de toneladas, e arroz, com 13 milhões de toneladas. Esses três produtos devem representar 90% da produção de grãos em 2011.
As commodities que poderão registrar queda do VBP em 2011 são, cebola, com variação negativa de 62,6%, batata, – 23,5 %, trigo, – 16,5%, tomate, – 10,7%, e cana de açúcar, -9,7%.
? Esta queda de valor deve-se, principalmente, ao fato de que todas elas têm preços menores do que ano passado ? comenta Gasques.
Em relação aos resultados regionais, estima-se que o Nordeste e o Centro-Oeste terão grande destaque. O VBP no Nordeste deve ser 19,8% maior do que ano passado, passará de R$ 17,6 bilhões para R$ 21,1 bilhões, devido aos bons resultados da safra nos Estados do Piauí, Ceará, Paraíba e Bahia. No Centro-Oeste, o aumento real no valor será 39%, de R$ 37,9 bilhões para R$ 52,7 bilhões, por conta do aumento do valor da produção de 57 % da safra de algodão, soja e milho no Mato Grosso.
A região Sul registrará aumento de 9,1%. No Sudeste, o valor permanecerá o mesmo, R$ 54,8 bilhões, se comparado com ano passado. Já a região Norte terá uma redução de R$ 7,4 bilhões para R$ 7,3 bilhões.
Elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica desde 1997, o Valor Bruto da Produção é calculado com base na produção e nos preços praticados no mercado das 20 maiores lavouras do Brasil. Para realizar o estudo, são utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O VBP é correspondente à renda dentro da propriedade e considera as plantações de soja, cana-de-açúcar, uva, amendoim, milho, café, arroz, algodão, banana, batata-inglesa, cebola, feijão, fumo, mandioca, pimenta-do-reino, trigo, tomate, cacau, laranja e mamona.
Mensalmente, o Ministério da Agricultura divulga a estimativa do valor da produção agrícola para o ano corrente. Esse valor pode ser corrigido, de acordo com as alterações de preço e a previsão de safra anunciados ao longo do ano.