Nas últimas viagens que fez à Europa e à África, Dilma defendeu que o Brics adote um discurso unificado nas reuniões do G20. Porém, deve predominar o clima de tensão, segundo negociadores que participam das reuniões preliminares em Cannes, porque a cúpula ocorre logo depois de a União Europeia (UE) definir a ajuda aos países da zona do euro que atravessam uma crise de solvência.
Nas reuniões em Cannes serão discutidos temas como regulação financeira, agricultura, energia, mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável. Também estarão em pauta educação, combate à pobreza e estímulos à redução das desigualdades sociais, assim como o respeito aos direitos humanos.
O G20 deve fazer uma referência à violência que ocorre nos países árabes, principalmente na Síria, onde o presidente Bashar Al Assad é cobrado pela comunidade internacional para parar com a repressão às manifestações populares que pedem o fim do regime e tentar o diálogo com os manifestantes. Assad é alvo de protestos de manifestantes que o acusam de corrupção, violação de direitos humanos e desrespeito à democracia.
Será a segunda vez que Dilma participa de uma reunião de cúpula do G20. No ano passado, já eleita, ela acompanhou o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Seul, na Coreia do Sul.
O princípio do G20, criado há 12 anos, é buscar o diálogo ampliado. Das reuniões participam presidentes, primeiros-ministros e ministros da Fazenda dos países do grupo, além de dirigentes dos bancos centrais. O comando do grupo este ano está com a França.
A presidente deve viajar com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, das Relações Exteriores, Antonio Patriota, da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel. Ela só deve retornar ao Brasil no sábado, dia 5.