Para Sampaio, foi “uma surpresa agradável” a decisão de Alckmin de mantê-lo no cargo, após quatro anos à frente da pasta nos governos de José Serra e Alberto Goldman. O secretário garantiu que os principais programas da Secretaria de Agricultura, como o Pró-trator e o Pró-implementos, serão mantidos durante o governo Alckmin e prometeu ampliar os recursos em 2011 para a subvenção do seguro rural.
? Nem todos os recursos do Feap (Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista), que reúne vários programas, foram utilizados em 2010, o que sinaliza para uma ampliação do seguro rural, que tem mais demanda ? disse.
Sampaio considerou positiva a permanência do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, no cargo pela presidente Dilma Rousseff e elogiou a proposta de modernização do Ministério, considerada prioritária pelo governo federal.
? Ele poderá implementar uma gestão própria, pois herdou uma gestão do ministro Reinhold Stephanes; se conseguir executar a proposta de modernização será a grande marca do governo ? afirmou.
O secretário traçou ainda um cenário positivo para as principais culturas paulistas – como cana-de-açúcar, laranja e grãos – em 2011. Segundo ele, cana e laranja devem ter preços bons aos produtores pelo segundo ano seguido, graças à restrição de oferta de matéria prima. Já a eventual restrição de oferta para uma demanda aquecida de grãos pode limitar a produção de carnes de frango e suína, na avaliação de Sampaio. Os bons preços aos pecuaristas devem se manter, diante da demanda aquecida pela carne bovina.
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Sampaio reconheceu as dificuldades de criação do Consecitrus, um conselho de representantes da indústria processadora e de produtores de laranja que pode pacificar o setor, cujas negociações foram intermediadas pela Secretaria de Agricultura.
? Consecitrus é como uma dança; um passo à frente, outro atrás. Mas as negociações seguirão e pretendo que as reuniões deixem de ser na Secretaria e sejam no interior paulista ou na sede das entidades que negociam ? declarou.
Por fim, o secretário, avaliou que a fusão entre a Citrosuco e a Citrovita, a qual criará em São Paulo a maior empresa de processamento de suco de laranja do mundo, pode ser uma oportunidade para o surgimento de novos players no setor altamente concentrado.
? Quem sabe não é o momento da virada e a Justiça determine que fábricas de ambas que serão sobrepostas sejam vendidas para novos players, com investimentos de produtores ou de cooperativas? ? indagou.
