Desta segunda, dia 12, até quarta, dia 14 a cidade sedia a primeira edição do Congresso Sul-Americano de Agricultura de Precisão e Máquinas Precisas, que deve reunir cinco mil pessoas.
Um bom exemplo dessa tendência é a colheitadeira pilotada pelo agricultor Sérgio Kroessin, na propriedade de 550 hectares em Santo Antônio do Planalto (RS). Kroessin já investiu R$ 200 mil em equipamentos desse tipo, capazes de monitorar a colheita metro a metro, apontando a produtividade de cada setor e as áreas onde o solo precisa ser corrigido.
Com médias acima das estaduais, Kroessin saltou das 50 sacas de soja colhidas por hectare para 70. No milho, o ganho foi de 140 sacas para 220, um aumento de 57% na produtividade, tudo após iniciar o trabalho com agricultura de precisão.
? Não é gasto, é investimento. Agora conheço a minha propriedade, sei exatamente onde é preciso corrigir o solo para colher mais ? conta Kroessin.
Por meio de ações como sensoriamento remoto, imagens de satélite e mapas de colheita se pode saber exatamente onde e como agir para produzir mais, explica o gerente de Produção da Cotrijal, Gelson Lima. E cita como exemplo dos ganhos com tecnologias de precisão os números de uma mesma lavoura de milho, que pode ter produtividade de 320 sacos por hectare em uma área e 80 sacos por hectare em outra, sem aplicação dessa tecnologia.
? Aplicar tecnologia equilibra e amplia o rendimento com uso racional de insumos sem aumentar o tamanho da propriedade. A agricultura de precisão será um marco semelhante à transição entre o modelo convencional e o sistema de plantio direto ? explica Lima.