O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deve trabalhar como um árbitro de futebol, afirmou o superintendente de agricultura da pasta, Guilherme Campos.
Ele representou o ministro Carlos Fávaro na abertura do 30º Congresso Internacional da Indústria do Trigo (Abitrigo), em Atibaia (SP), na quinta-feira (26).
Campos disse que um bom árbitro aparece pouco no jogo, e que esse deve ser o papel do Mapa. “O agronegócio precisa ter sua atividade facilitada. Buscamos por soluções que diminuam as burocracias. O setor pode esperar, já a partir do ano que vem, a melhora na parte administrativa”, disse.
O superintendente enalteceu o setor e fez uma analogia esportiva. “O Brasil que dá certo está aqui. O Brasil que dá certo é o agronegócio. Somos medalha de ouro em muitos segmentos e o trigo, agora, está jogando como gente grande”, afirmou.
Campos também disse que é importante ouvir as sugestões e demandas do produtor brasileiro. “Nesse sentido, o ministério está atento ao que acontece no Rio Grande do Sul”, disse.
A produção gaúcha de trigo vem sendo comprometida pelo excesso de chuvas nas últimas semanas. Enchentes também destruíram propriedades rurais no estado.
O ministro Fávaro conversa com os produtores e com as áreas econômica e de infraestrutura para ações coordenadas, disse Campos. “Para que não sejam medidas esporádicas”, afirmou.
Preços e custos
Campos reconheceu que os problemas envolvendo as oscilações de preços no trigo são um problema antigo. Ele diz que o ministério tenta uma solução, sem especificar qual seria a estratégia.
Quanto aos custos, Campos disse que “não tem muito o que fazer; é uma questão de mercado”. Questionado sobre as ações para soluções de gargalos logísticos, o superintendente do Mapa reiterou que se o ministério puder ser mais célere, mais rápido, fazendo com que os processos fluam de maneira que não impactem no dia a dia de quem compra insumos, de quem vende sua produção, já está fazendo uma grande coisa. “Isso já está sendo feito”, pontuou.