? Estou extremamente preocupado ao ver estas transações envolvendo áreas muito grandes de terra, que ameaçam a habilidade das pessoas de continuar a agricultura de subsistência ? disse.
Em relatório, Schutter citou estimativas de que “entre 15 milhões e 20 milhões de hectares foram negociados com investidores estrangeiros desde 2006” nos países em desenvolvimento. Ele afirmou que essa área equivale a toda a área rural da França ou a um quinto de toda a terra agrícola da União Europeia. A maior parte dos negócios envolve arrendamentos ou venda de terras em regiões como África subsaariana, Ásia, América Latina e Leste europeu.
Schutter comentou que muitos produtores de subsistência têm poucos direitos sobre a terra, enquanto as elites locais enxergam nos interesses estrangeiros uma oportunidade de negócio.
? A chegada de investidores estrangeiros está levando ao crescimento da especulação sobre a terra ? criticou, destacando que a maioria das safras resultantes é destinada à exportação, em vez de abastecer os mercados locais de alimentos.
? Estou surpreso em dizer que, em metade dos casos, as safras não produzem comida, mas combustíveis para abastecer a crescente demanda por bioenergia nos países ricos ?disse o especialista em direitos humanos das Nações Unidas aos jornalistas.
Schutter pediu diretrizes internacionais sobre o manejo de terras, para garantir os direitos das comunidades locais. As informações são da Dow Jones.