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FEIRA

Agrishow quer repetir desempenho do ano passado, apesar de condições adversas

O presidente da Agrishow, João Marchesan, disse que convidou o presidente Lula, Geraldo Alckmin e Carlos Fávaro para a abertura da feira

Agrishow 2023, máquinas agrícolas
Foto: Agrishow

Apesar das condições de mercado adversas ao segmento de máquinas agrícolas, a organização da Agrishow – feira agrícola que ocorre de 29 de abril a 3 de maio em Ribeirão Preto (SP) – pretende repetir o desempenho de negócios registrado na edição do ano passado. Em 2023, o faturamento da feira totalizou R$ 13,29 bilhões, um valor recorde.

O presidente da Agrishow, João Marchesan, destacou que essa é apenas uma expectativa; ainda não há projeção quanto ao resultado, uma vez que o cenário é pouco favorável à comercialização de máquinas no momento.

O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Estevão Bastos, participou do lançamento da feira e ressaltou que o momento não é conjunturalmente bom, com os preços das commodities em um ciclo de baixa. Mas disse que a indústria não olha para o ano, e sim para a década.

“Estruturalmente estamos muito bem, melhor do que nunca”, e a perspectiva positiva para os próximos anos traz otimismo para a Agrishow. “As vendas não devem ser recorde como nos outros anos, mas não podemos olhar apenas para este ponto. Um dos objetivos é vender, mas também aproveitamos para apresentar informações e tecnologias, para que o agricultor possa comprar mais adiante”, ponderou.

Lula e Carlos Fávaro

Uma das questões levantadas na coletiva de lançamento da feira foi a eventual presença de autoridades do governo federal na Agrishow 2024, em especial do presidente Lula e do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

No ano passado, o primeiro do atual mandato, nenhum dos dois compareceu ao evento após constrangimento gerado pelo convite da organização para que o ex-presidente Jair Bolsonaro participasse da abertura.

A medida fez com que Fávaro cancelasse sua visita à feira e adiasse o anúncio de recursos suplementares ao Plano Safra então vigente para uma outra oportunidade.

A tradicional cerimônia de abertura foi cancelada e o governo retribuiu o desprestígio, cancelando também a ida da presidente do Banco do Brasil ao evento.

Marchesan disse que todas as autoridades ligadas ao setor foram convidadas, entre elas, o presidente da República; o vice, Geraldo Alckmin; o ministro da Agricultura; e o do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.

“Não estamos discutindo ideologia, nem política, mas sim como produzir e levar a tecnologia adiante”, disse.

Marchesan e Bastos estiveram reunidos com Alckmin e Fávaro em março para apresentar as necessidades do setor.

Eles saíram do encontro otimistas quanto à sensibilidade do governo às demandas. Marchesan disse que “todos confirmaram verbalmente que estariam presentes, mas não confirmaram na agenda política deles”, assim “não podemos garantir a presença de ninguém”.

A expectativa é de que o governo anuncie um “Plano Safra alvissareiro”.

“Temos que trabalhar com um juro de, no máximo, 8%, levando em conta que a Selic está em baixa e deve continuar baixando”, disse. Além disso, há a previsão de R$ 10 bilhões de subsídio para alavancar as linhas de investimento.

“O governo federal é grande parceiro do agronegócio. Estão empenhados em trazer novidades na feira, visando incentivar e ampliar negócios. Pelas conversas que tivemos com o vice-presidente da República, o governo está empenhado em fazer acontecer uma boa feira. Também estamos conversando com bancos, preparando linhas especiais de financiamento. Temos o melhor relacionamento possível com todos os setores, estadual e federal, para que tenhamos uma boa feira”, salientou.

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